Redação
Agência Brasil
O saldo de empregos com carteira assinada gerados no primeiro
semestre deste ano foi de 392 mil em todo o país, um valor 452,37% superior ao
mesmo período de 2017, quando foram criados 71 mil novas vagas. Os dados são do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem (13)
pelo Ministério do Trabalho. Com esse resultado, na comparação entre os
primeiros seis meses de cada ano, em 2018 foram criadas 321 mil vagas a mais do
que no ano anterior.
Dos oito setores da economia, sete tiveram saldo positivo nos
primeiros seis meses deste ano. O melhor desempenho foi no segmento de
serviços, que chegou ao final do primeiro semestre com 279.130 postos de
trabalho criados, seguido pela indústria de transformação, que gerou 75.726
vagas, e a agropecuária, que gerou 70.334 empregos novos. Já o comércio fechou
94.839 postos de trabalho com carteira assinada.
A taxa de desemprego, segundo a mais recente Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada em
agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
abrange 12,3% da população economicamente ativida, volume 0,6% menor do que o
apurado em março. O número representa um contigente de 12,9 milhões de pessoas
sem trabalho no país.
Jovens empregados
Em uma análise por faixa etária, o levantamento mostra que a
maior parte dos empregos gerados no primeiro semestre desse ano (104 mil)
inclui jovens entre 18 e 24 anos. Houve também uma reversão no fechamento de
vagas nas faixas etárias entre 25 a 29 anos e de 30 a 39 anos. Enquanto na
primeira metade do ano passado esses dois grupos perderam 66 mil vagas de
emprego, neste ano já foram abertas, nessas duas faixas, 46,3 mil novos postos
de trabalho.
Por outro lado, continuaram sendo fechadas vagas para
trabalhadores nas faixas de 40 a 49 anos (-16,2 mil), 50 a 64 anos (-122,1 mil)
e acima de 64 (-29,6 mil), mas em ritmo menor do que no primeiro semestre de
2017, quando essas três faixas etárias viram o fechamento de 266,4 mil postos
de trabalho com carteira assinada em todo o país.
Escolaridade
Dos 394 mil empregos gerados na primeira metade deste ano, 266
mil foram para trabalhadores com ensino médio completo, seguido de 166 mil para
quem tem ensino superior completo, 26,4 mil para quem tem ensino superior
incompleto e 6,6 mil vagas para quem tem ensino médio incompleto. Não houve
abertura de novas vagas para trabalhadores com escolaridade inferior a essas.
Entre os empregos para quem tem ensino médio
completo e incompleto, os que absorveram a maior parte das vagas foram
alimentador de linha de produção (49 mil), faxineiro (32,3 mil) e auxiliar de
escritório (24,2 mil). Para quem tem ensino superior completo ou incompleto, a
maior parte das vagas foram como auxiliar de escritório (17 mil) e assistente
administrativo (14,5 mil).
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