As santas casas e hospitais beneficentes do Estado de São
Paulo realizaram um protesto na última segunda-feira (8) pelo aumento no valor
pago pelo Ministério da Saúde em procedimentos médicos como consultas, exames e
cirurgias. A iniciativa é parte do Ato de Mobilização Nacional das Santas Casas
e Hospitais Beneficentes.
Na região, cinco unidades hospitalares aderiram ao
movimento: as santas casas de Presidente Prudente, Dracena, Martinópolis, Presidente
Venceslau e Presidente Epitácio. De acordo com a Federação das Santas Casas e
Hospitais Beneficentes de São Paulo (Fehosp), dos 300 hospitais paulistas, 70 prestaram
serviços apenas em casos de urgência e emergência, dentre eles a Santa Casa de
Presidente Epitácio.
No dia da paralisação os administradores da Santa Casa de
Presidente Epitácio reuniram-se com autoridades locais, para promover uma
discussão sobre as reais condições da instituição no município e apresentar a
estrutura física da instituição. Na ocasião estiveram presente, representantes
da mesa diretora, Dr° Luiz Bonfim diretor clinico, a enfermeira chefe Andréia,
a secretaria de saúde Fabiana Guimaro Paulo, o prefeito Sidnei Caio Junqueira
da Silva os vereadores Marlan de Melo, Juninho do Rap, Tico do transporte
escolar, Hevair, Alemão Tedesco, Zeca Bergamo e Rubinho Cestari.
A administradora da Santa Casa, Maria de Fátima Andrino
disse que a paralisação saiu tudo como tinha sido planejado e foi de extrema
importância para apresentar a real situação da instituição para as autoridades
do município.
Também no dia da manifestação representantes da Fehosp se
reuniram pela manhã com o secretário estadual da Saúde, Giovanni Cerri, e o
coordenador da Frente Parlamentar das Santas Casas, deputado estadual Itamar
Borges. As santas casas deram um prazo de 60 dias para que o governo corrija a
tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS), que não é reajustada
desde 2008, de acordo com a administração da Santa Casa. A defasagem seria
responsável por um déficit de R$ 5 bilhões por ano e uma dívida total de cerca
de R$ 12 bilhões dos hospitais filantrópicos no Estado.
De acordo com a Fehosp, caso o pedido não seja aceito, as
entidades prometem reduzir os atendimentos, que hoje respondem por mais de 90%
da capacidade da maioria desses hospitais, embora a legislação exija 60%.
Segundo a federação, as entidades filantrópicas respondem por 50,26% dos leitos
públicos e são responsáveis por 50,78% das internações.
Pela tabela de procedimentos do SUS, as entidades recebem,
por exemplo, R$ 11 por uma consulta médica de pronto-atendimento, R$ 12 por um
exame de raio X, R$ 22,50 por uma mamografia, R$ 3,70 por um exame de urina e
R$ 150,05 por um parto cesáreo.
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