quinta-feira, 11 de abril de 2013

Santa Casa de Presidente Epitácio paralisa atividades por reajuste


As santas casas e hospitais beneficentes do Estado de São Paulo realizaram um protesto na última segunda-feira (8) pelo aumento no valor pago pelo Ministério da Saúde em procedimentos médicos como consultas, exames e cirurgias. A iniciativa é parte do Ato de Mobilização Nacional das Santas Casas e Hospitais Beneficentes.
Na região, cinco unidades hospitalares aderiram ao movimento: as santas casas de Presidente Prudente, Dracena, Martinópolis, Presidente Venceslau e Presidente Epitácio. De acordo com a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes de São Paulo (Fehosp), dos 300 hospitais paulistas, 70 prestaram serviços apenas em casos de urgência e emergência, dentre eles a Santa Casa de Presidente Epitácio.
No dia da paralisação os administradores da Santa Casa de Presidente Epitácio reuniram-se com autoridades locais, para promover uma discussão sobre as reais condições da instituição no município e apresentar a estrutura física da instituição. Na ocasião estiveram presente, representantes da mesa diretora, Dr° Luiz Bonfim diretor clinico, a enfermeira chefe Andréia, a secretaria de saúde Fabiana Guimaro Paulo, o prefeito Sidnei Caio Junqueira da Silva os vereadores Marlan de Melo, Juninho do Rap, Tico do transporte escolar, Hevair, Alemão Tedesco, Zeca Bergamo e Rubinho Cestari.    
   
A administradora da Santa Casa, Maria de Fátima Andrino disse que a paralisação saiu tudo como tinha sido planejado e foi de extrema importância para apresentar a real situação da instituição para as autoridades do município.   
Também no dia da manifestação representantes da Fehosp se reuniram pela manhã com o secretário estadual da Saúde, Giovanni Cerri, e o coordenador da Frente Parlamentar das Santas Casas, deputado estadual Itamar Borges. As santas casas deram um prazo de 60 dias para que o governo corrija a tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS), que não é reajustada desde 2008, de acordo com a administração da Santa Casa. A defasagem seria responsável por um déficit de R$ 5 bilhões por ano e uma dívida total de cerca de R$ 12 bilhões dos hospitais filantrópicos no Estado.
De acordo com a Fehosp, caso o pedido não seja aceito, as entidades prometem reduzir os atendimentos, que hoje respondem por mais de 90% da capacidade da maioria desses hospitais, embora a legislação exija 60%. Segundo a federação, as entidades filantrópicas respondem por 50,26% dos leitos públicos e são responsáveis por 50,78% das internações.
Pela tabela de procedimentos do SUS, as entidades recebem, por exemplo, R$ 11 por uma consulta médica de pronto-atendimento, R$ 12 por um exame de raio X, R$ 22,50 por uma mamografia, R$ 3,70 por um exame de urina e R$ 150,05 por um parto cesáreo.

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