domingo, 25 de agosto de 2013

SUPERIORES MEDÍOCRES PRATICAM ASSÉDIO MORAL

DEZ DICAS: para se proteger contra o assédio moral no trabalho

Ministério Público orienta os empregados a adotar estratégias de defesa e a denunciar os casos de que se tornam vítimas


De Gelson Netto, postado por Lourival S. Bortolin

  • Quem humilha ou xinga o empregado pratica crime de calúnia e difamação e pode ser condenado a indenizar o prejudicado(Foto: Ilustração)
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Definido como toda ação repetitiva ou sistematizada que objetiva afetar a dignidade da pessoa e criar um ambiente humilhante, degradante, desestabilizador e hostil, o assédio moral aterroriza a vida de milhares de trabalhadores que muitas vezes não sabem a quem recorrer ou como agir diante das situações vexatórias a que são expostos.
Entre as atitudes que caracterizam o assédio moral, estão: gritar, xingar, apelidar ou contar piadas para ofender, ridicularizar e humilhar; ordenar a realização de tarefas impossíveis ou incompatíveis com a capacidade profissional; sonegar informações indispensáveis ao desempenho das funções; repetir críticas e comentários improcedentes ou que subestimem os esforços do empregado; e isolar a pessoa em um corredor ou em uma sala.
Quem humilha ou xinga o empregado pratica crime de calúnia e difamação e pode ser condenado a indenizar o prejudicado por dano material, moral ou à imagem.
Como forma de orientar a população, o Ministério Público do Trabalho (MPT) elaborou a cartilha “Assédio Moral – Sinônimo de Humilhação”, que traz dicas importantes que ajudam no enfrentamento do problema e também podem ser úteis como estratégias de defesa. Algumas delas são:
1 – Anote detalhes das humilhações (dia, mês, ano, local, nome do agressor e testemunhas).
2 – Peça ajuda no trabalho e fora da empresa.
3 – Recorra a centros de referência em saúde do trabalhador.
4 – Busque apoio da família e dos amigos.
5 – Grave as agressões e xingamentos e utilize filmes de circuitos internos de TV.
6 – Guarde documentos de advertência por escrito, excesso comprovado de carga horária, obrigação de trabalhar no fim de semana, correspondências e bilhetes.
7 – Atente para os motivos da agressão, como desejo sexual não correspondido, competição exagerada e necessidade de aumentar a produtividade, tentativa de forçar pedido de demissão, necessidade de autoafirmação do chefe, demonstração de autoridade e superior que se sente profissionalmente ameaçado por subordinado mais capacitado.
8 – Reconheça os perfis do agressor, que pode ser hábil em humilhar sem perder a pose; agressivo e perverso com palavras; inseguro, complexado e intolerante; incapaz de liderar e de se relacionar com subordinados; ou falso “bonzinho”, que ganha a confiança do subordinado para depois rebaixá-lo, demiti-lo ou exigir produtividade, entre outras características.
9 – Denuncie o caso à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), ao sindicato da categoria, à Gerência Regional do Trabalho e a entidades de defesa dos direitos humanos.
10 – Procure o Ministério Público do Trabalho. O órgão mantém um site com um link (clique aqui) para denúncias. Outras formas de denunciar são por meio de telefone, carta e pessoalmente. Em Presidente Prudente, o MPT fica na Avenida Coronel José Soares Marcondes, nº 3.372, no Jardim Bongiovani, e os telefones de contato são (18) 3916-2541 e (18) 3916-2545.

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