O deputado Mauro Bragato atento à mobilização das Apaes
(Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais) reforça o movimento e está
enviando moção à presidente da República, Dilma Roussef, e aos presidentes do
Senado, senador Renan Calheiros, e da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves,
em defesa das Apaes e Pestalozzis. Em um documento, o parlamentar pede à
presidente que sejam empreendidos por parte dos órgãos competentes todos os esforços
necessários para atender ao reclamo de professores, diretores, pais e alunos
das escolas de ensino especial, que têm se manifestado contra o texto do
documento da CONAE (Conferência Nacional de Educação) 2014, contido no Eixo
VII, número 488, item VII, que trata do ensino especial.
Já aos parlamentares, Bragato solicita que a expressão
“preferencialmente” seja mantida na redação da Meta 4 do projeto sobre o PNE -
Plano Nacional de Educação. O Relatório
do senador José Pimentel ao PNE (PLC 103/2012), aprovado na Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE), suprimiu essa expressão. Segundo o texto, o
atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais de
desenvolvimento ou superdotação deve ser universalizado na rede regular de
ensino. O projeto tramita atualmente na Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ).
Bragato acredita que a redação, do jeito que está, visa
excluir as escolas de educação especial, que são entidades não-governamentais,
deixando a cargo das escolas regulares (as públicas) esse atendimento. Com
isso, as entidades não-governamentais deixarão de receber recursos do governo
federal para assegurar o atendimento especializado que promovem. “Sem os
recursos, as escolas de educação especial não poderão continuar prestando um
serviço de qualidade à comunidade, uma vez que esse custo é elevado”, afirma.
De acordo com o IBGE, no Brasil cerca de 14,5% da população
do País são pessoas com deficiência e existem mais de 2.100 APAES, que atendem
cerca de 240 mil pessoas.
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