quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Alarmante: esta é a situação da dengue em Presidente Epitácio

Coordenador do Covepe definiu com esta palavra a atual situação, principalmente devido a focos de larvas encontrados

Nelson Roberto

Em entrevista exclusiva ao Jornal Debate Notícias, o coordenador do Covepe – Controle de Vetores de Presidente Epitácio, Reinaldo Ferreira da Silva, falou sobre a atual e real situação da dengue no município – estância turística.

Segundo Silva, Epitácio já conta com 16 casos positivos de dengue, sendo 14 autóctones (contraídos aqui mesmo) e dois importados. “105 casos notificados em suspeita aguardam resultado final de exame laboratorial”, disse.

O coordenador explicou que conta com 14 agentes comunitários de saúde que fazem a prevenção em todos os domicílios da cidade e a equipe de servidores do Covepe fazem a nebulização e ações mais drásticas. “Percorremos cerca de 200 casas por dia, e pasmem, encontramos larvas em media em seis residências, em torno de 3%, mas já chegamos a 11%, na Vila Palmira o que precisou se uma ação mais enérgica naquele local, tanto que todo o bairro foi nebulizador com inseticida próprio”, explicou Reinaldo.

30% da cidade já recebeu a nebulização costal com inseticida, mas toda a cidade deverá receber este veneno que mata o mosquito aedes aegypti já adulto e alado.

MUTIRÃO

No próximo dia 3 de fevereiro haverá um grande mutirão em todos os bairros da cidade onde os moradores deverão colocar pra fora de casa tudo aquilo que é inservível, moveis, utensílios, pneus, latas, enfim tudo que pode servir de criadouro dos mosquitos aedes e palha.

“Para esse mutirão contaremos com o apoio da Prefeitura Municipal em suas diversas secretarias, Acipe, Clubes de Serviços, empresas estatais e principalmente os moradores que devem aderir e se preocupar com o avanço da dengue em nosso meio”, pontuou o coordenador do Covepe.

Os sintomas de dengue iniciam de uma hora para outra e duram entre cinco a sete dias. Normalmente eles surgem entre três a 15 dias após a picada pelo mosquito infectado. Os principais sinais são: Febre alta com início súbito (entre 39º a 40º C), Forte dor de cabeça, Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos, Manchas e erupções na pele, pelo corpo todo, normalmente com coceiras, Extremo cansaço, Moleza e dor no corpo, Muitas dores nos ossos e articulações, Náuseas e vômitos, Tontura, Perda de apetite e paladar.

O mosquito coloca seus ovos em água limpa, mas não necessariamente potável. Por isso é importante jogar fora pneus velhos, virar garrafas com a boca para baixo e, caso o quintal seja propenso à formação de poças, realizar a drenagem do terreno. Também é necessário lavar a vasilha de água do bicho de estimação regularmente e manter fechadas tampas de caixas d'água e cisternas.

O uso de pratos nos vasos de plantas pode gerar acúmulo de água. Há três alternativas: eliminar esse
prato, lavá-lo regularmente ou colocar areia. A areia conserva a umidade e ao mesmo tempo evita que e o prato se torne um criadouro de mosquitos.

Não despeje lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos. Assim você garante que eles ficarão desobstruídos. Em casa, deixe as latas de lixo sempre bem tampadas.

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Segundo o enfermeiro responsável pela Vigilância Epidemiológica, Patrick Perosso, todo o sistema de saúde do município está preparado para atender todos os casos clínicos de suspeita ou confirmação de dengue. Explicou que quando um paciente chega a um dos postos de saúde com pelo menos três dos sintomas da dengue, o medico (a) solicita um exame de hemograma completo para uma primeira avaliação do quadro. “Quando existe uma suspeita consistente o medico pede um exame de sorologia da dengue, que traz o resultado mais real, mesmo assim é feito um ultimo exame de NSI – Isolamento Viral para total confirmação”, disse Perosso.

Mesmo na primeira consulta o medico já receita alguns medicamentos pata diminuir a dor e febre.

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