segunda-feira, 10 de julho de 2017

Pernambucanos viajam 3.500 km para comprar maconha na fronteira de MS


A supersafra da maconha paraguaia, cultivada na fronteira com Mato Grosso do Sul, tem atraído traficantes até do outro lado do país. Na manhã de hoje (7), policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) interceptaram uma carga de 1.266 quilos da erva que estavam sendo levados para Caruaru, cidade pernambucana a 3.500 quilômetros da fronteira.

A droga estava no fundo falso da carroceria de um caminhão Mercedes Benz vermelho com placa de Belo Horizonte (MG). A polícia suspeita que o caminhão tenha sido furtado ou usado no golpe do seguro.

Dois pernambucanos foram presos, o motorista do caminhão, Severino João de Melo, 47, e seu ajudante, José Manuel de Lima, 40, os dois moradores em Bezerros (PE)

A apreensão foi feita por volta de 5h30 de hoje na região do Copo Sujo, na MS-164, rodovia que liga Ponta Porã a Maracaju. Os policiais desconfiaram do caminhão sem carga e quando abriram a carroceria sentiram o forte cheiro de maconha. A droga estava em um fundo falso no lado de dentro da carroceria.

Três meses em MS – Severino contou aos policiais que há pelo menos três meses ele pegou o caminhão em Caruaru e viajou até Coronel Sapucaia, cidade localizada a 400 km de Campo Grande, vizinha de Capitán Bado, no Paraguai.

Ele disse que entregou o caminhão para traficantes do lado paraguaio e ficou todo esse tempo em uma casa em Coronel Sapucaia. Já Manuel veio para o estado há quatro dias, para acompanhar Severino durante a viagem.

Na noite de ontem os dois pegaram o caminhão em Coronel Sapucaia e iniciaram viagem em direção ao interior pernambucano.

Polígono – Segundo eles, a viagem até MS para buscar maconha paraguaia foi a alternativa encontrada para abastecer o mercado consumidor pernambucano depois que a Polícia Federal apertou o cerco no chamado “Polígono da Maconha” – uma região formada por 13 cidades de Pernambuco e Bahia onde havia roças da erva.

Até 2015, as roças de maconha no sertão nordestino abasteciam 40% do mercado nacional, segundo o sociólogo Paulo Cesar Fraga, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora. No ano passado a aumentou as operações na região e destruiu boa parte das lavouras.

DaHoraBataguassu.

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