domingo, 23 de julho de 2017

Governo de SP libera mais de R$ 2 milhões para monitorar impactos de agrotóxicos em áreas agrícolas


O projeto “Impactos ambientais na aplicação de agrotóxicos em áreas agrícolas” tem o objetivo de avaliar a contaminação de agrotóxico em diversas áreas do Estado de São Paulo.
Projeto visa contribuir para o planejamento do uso do solo e causar menores impactos ambientais (Foto: Divulgação)Projeto visa contribuir para o planejamento do uso do solo e causar menores impactos ambientais (Foto: Divulgação)










O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, liberou um recurso de cerca de R$ 2.246.769,40 para o Instituto Biológico (IB) desenvolver projeto de pesquisa para monitorar os impactos ambientais da aplicação de agrotóxicos em áreas agrícolas. O financiamento veio por meio do Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos (FID), da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania, e a expectativa é que os estudos tenham duração de três anos.
“Nós estamos acelerando ao máximo os projetos e documentação. Nós queremos o mais rápido possível assinar todos os convênios deste ano e ainda regularizar os convênios anteriores”, afirmou o governador Geraldo Alckmin no evento realizado no Palácio dos Bandeirantes, realizado na última sexta-feira (14), com a presença do secretário adjunto da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Rubens Rizek Jr.
O projeto “Impactos ambientais na aplicação de agrotóxicos em áreas agrícolas” tem o objetivo de avaliar a contaminação de agrotóxico em diversas áreas do Estado de São Paulo. Os primeiros locais a serem avaliados serão Brotas, cidade turística cortada pelo Rio Jacaré Pepira e próxima a áreas de cultivo de cana-de-açúcar e laranja, e Ibiúna, município próximo de São Paulo, que produz hortaliças. Outras regiões serão definidas durante o andamento do trabalho.
“O uso de agrotóxicos leva ao aparecimento de resíduos em amostras ambientais. Diante deste fato e da periculosidade que apresentam à manutenção da biodiversidade, existe hoje a necessidade de se intensificarem estudos que possibilitem o monitoramento eficiente de áreas próximas à agricultura”, explicou Eliane Vieira, pesquisadora do IB e coordenadora do projeto.
Durante os trabalhos, os pesquisadores do Instituto recolherão amostras do solo, sedimento, águas superficiais, de rios e córregos, e águas subterrâneas, como poços artesianos. As amostras serão analisadas no Laboratório de Ecologia dos Agroquímicos do IB, em São Paulo, que realiza pesquisas relacionadas ao monitoramento do ambiente e estudos sobre o efeito desses compostos na biota em áreas agrícolas e urbanas.
De acordo com Eliane, este conhecimento poderá contribuir para o planejamento do uso do solo para causar menores impactos ambientais, sem prejudicar a produtividade agrícola. “Além disso, o estudo irá colaborar para a prevenção de problemas de saúde pública, devido ao uso de compostos químicos na agricultura, e promover acesso a informações que contribuam para a escolha dos meios mais eficazes e ao mesmo tempo mais acessíveis para avaliação da qualidade das águas”, afirmou.
Para o diretor do Instituto Biológico, Antônio Batista Filho, a pesquisa atende ao anseio da população por sustentabilidade, especialmente no setor agropecuário. “Esse projeto visa medir os impactos no uso de produtos químicos no solo e na água, além de ajudar a identificar o manejo correto no campo”, destacou.

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