terça-feira, 25 de julho de 2017

Desfecho: Kauan, desaparecido na Capital, foi morto por um pedófilo enquanto era violentado, diz polícia

A polícia civil parece ter chegado a um desfecho do caso do desaparecimento do menino Kauan Andrade Soares dos Santos, de 9 anos, que sumiu no último dia 25 de junho. O depoimento de um dos suspeitos presos revela que a criança foi morta no mesmo dia em que desapareceu, enquanto era violentado por um pedófilo.

O delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da Depca (Delegacia de Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), que já havia revelado que um dos suspeitos confessou o assassinato, um adolescente de 14 anos, confirmou a versão dada sobre o homicídio.

Segundo Lauretto, o adolescente, já apreendido, contou que atraiu Kauan na noite do dia 25 de junho para a casa de um pedófilo, de 38 anos, também já preso preventivamente, no Bairro Coophavila. A criança teria falecido enquanto era violentada.

Durante o abuso sexual, praticado pelo suspeito de 38 anos, o menino sangrou e começou a gritar por socorro, sendo segurado pelo adolescente, e pelo próprio agressor, que tapou a boca da criança, que desmaiou.

A perícia já encontrou sangue no colchão e no chão da casa do homem, que podem ser de suas vítimas, já que a presença de crianças seria constante no local.

Com Kauan desfalecido, não se sabe ainda se desmaiado ou já sem vida, os suspeitos colocaram o corpo do menino em saco plástico e ‘desovaram’ no Córrego Anhanduí, por volta da 1h da manhã do dia 26 de junho.

O próprio adolescente que atraiu a criança para a casa do suspeito já tinha sido abusado pelo homem de 38 anos, ainda não identificado pela Polícia Civil.

Na casa do suspeito os policiais encontraram fotos e vídeos de pornografia infantil, e outras duas vítimas, tambem crianças que estariam em situação de vulnerabilidade, foram identificadas durante as investigações do desaparecimento de Kauan.

Nem mesmo as famílias das vítimas sabiam dos abusos. O adolescente disse que o homem prometia dinheiro às crianças que encontrava na rua, e segundo ele, no dia que sumiu Kauan estava guardando carros em um estabelecimento no Bairro Coophavila.

O delegado Paulo Sérgio Lauretto também revelou que os Bombeiros encontram um saco plástico com vestígios de cabelo, que podem ser de Kauan, o que ainda não foi confirmado.

O homem suspeito de ser pedófilo foi preso ontem, sexta-feira (21), no começo da tarde, pouco antes do início das buscas pelo corpo do menino. Ele está preso preventivamente pelos crimes de estupro de vulnerável, exploração sexual infantil, e em flagrante po armazenamento de pornografia sexual infantil, e deve responder posteriormente por homicídio e ocultação de cadáver.

O suspeito de 38 anos nega o envolvimento no crime e a presença de crianças em sua casa.

Buscas pelo corpo

Depois de aproximadamente 1 hora, o Corpo de Bombeiros encerrou, neste domingo (23), as buscas pelo corpo do menino Kauan. A Polícia Civil já havia informado que as buscas seriam retomadas na próxima segunda-feira (24), mas, mesmo assim, os militares fizeram mais uma tentativa de localizar o menino no Rio Anhanduí.

As buscas são concentradas no Rio Anhanduí, nas proximidades na Avenida Thyrson de Almeida com a Campestre. O local foi indicado pelo adolescente envolvido no crime como ponto onde o corpo teria sido jogado. Porém, segundo o delegado responsável pelas investigações, Paulo Sérgio Lauretto, o garoto diz que não viu o ponto exato onde o pedófilo teria deixado o corpo.

O garoto disse à polícia que ficou no carro e que o pedófilo teria levado sozinho o corpo de Kauan para as margens do Anhanduí.

CenarioMS

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