Um boletim divulgado nesta terça-feira (19) pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) mostra que a Região Administrativa de Presidente Prudente acumulou no período entre 2010 e 2015 o terceiro pior desempenho do Estado de São Paulo em relação ao desenvolvimento do Produto Interno Bruto (PIB), com uma retração de 5,0%. Somente no ano de 2015, a queda regional foi de 2,7%. Com isso, o PIB do Oeste Paulista atingiu R$ 18,9 bilhões no ano passado.
O desempenho do Estado de São Paulo como um todo foi de crescimento de 3,4%, entre 2010 e 2015, e de retração de 4,1%, somente no ano passado. Com isso, o PIB estadual ficou em R$ 1,8 trilhão em 2015.
Entre as 16 regiões do Estado, nove tiveram redução no PIB no período de 2010 a 2015 – Ribeirão Preto (-5,3%), Marília (-5,3%), Presidente Prudente (-5,0%), Bauru (-4,4%), Franca (-2,5%), São José do Rio Preto (-2,2%), Baixada Santista (-1,9%), Vale do Paraíba e Litoral Norte (-1,3%) e Araçatuba (-0,2%).
Já as regiões que tiveram desempenho positivo, entre 2010 e 2015, foram as de Registro (168,0%), Itapeva (37,3%), Barretos (7,4%), Campinas (6,3%), São Paulo (3,5%), Central (2,7%) e Sorocaba (1,2%).
Se for levado em consideração somente o desempenho no ano passado, apenas as regiões de Registro (9,6%) e Itapeva (7,3%) tiveram resultado positivo no PIB. Todas as demais 14 regiões do Estado fecharam 2015 no “vermelho”, segundo a Fundação Seade – Marília (-6,2%), Sorocaba (-6,1%), Campinas (-5,8%), Ribeirão Preto (-5,3%), Bauru (-5,0%), Franca (-4,6%), São Paulo (-3,8%), Vale do Paraíba e Litoral Norte (-3,7%), São José do Rio Preto (-3,2%), Baixada Santista (-2,8%), Presidente Prudente (-2,7%), Central (-2,6%), Barretos (-1,5%) e Araçatuba (-0,6%).
Ranking estadual
Em números absolutos de 2015, a região de Presidente Prudente ocupa o 12º lugar no ranking do PIB entre as 16 regiões do Estado de São Paulo. À frente da lista, está a Região Metropolitana de São Paulo, que, com R$ 1,1 trilhão, responde por 60,4% do PIB do Estado. Na sequência, ficam as regiões de Campinas (R$ 296,3 bilhões e 15,6% do Estado), Vale do Paraíba e Litoral Norte (R$ 84,4 bilhões / 4,4%), Sorocaba (R$ 74,1 bilhões / 3,9%), Ribeirão Preto (R$ 43,4 bilhões / 2,3%), Baixada Santista (R$ 41,5 bilhões / 2,2%), São José do Rio Preto (R$ 38,6 bilhões / 2,0%), Bauru (R$ 31,7 bilhões / 1,7%), Central (R$ 28,8 bilhões / 1,5%), Marília (R$ 26,1 bilhões / 1,4%), Araçatuba (R$ 19,0 bilhões / 1,0%), Presidente Prudente (R$ 18,9 bilhões / 1,0%), Franca (R$ 18,4 bilhões / 1,0%), Barretos (R$ 12,2 bilhões / 0,6%) e Itapeva (R$ 10,8 bilhões / 0,6%). A região de Registro aparece no fim do ranking, com R$ 7,8 bilhões e uma fatia de 0,4% do PIB paulista.
Análise por setores
De acordo com a Fundação Seade, a indústria foi o setor com maior queda no PIB na região de Presidente Prudente, entre 2010 e 2015, com uma redução de 21,5%. Nos serviços, o tombo foi de -7,1%. Já na agropecuária, a retração foi de -1,5%.
“A região tem economia fortemente atrelada à agropecuária, com destaque para cana-de-açúcar, além dos cultivos de milho, soja, mandioca e frutas. Outro produto importante é a carne bovina. A indústria está bastante concentrada em alimentos e bebidas, vinculada, em boa medida, à agropecuária. A taxa de crescimento acumulada da região mostrou trajetória descendente entre o 4º trimestre de 2011 e o 3º de 2012. Houve uma recuperação entre o 4º trimestre de 2012 e o 1º de 2014, com a taxa atingindo 2,6%. A partir do trimestre seguinte, ocorreu outro período descendente até o 1º trimestre de 2015, quando a taxa chegou a -4,4%. Nos demais trimestres de 2015, as taxas continuaram negativas. As taxas de crescimento acumuladas no período 2010-2015 da indústria (-21,5%) e dos serviços (-7,1%) contribuíram de forma decisiva para a taxa negativa do PIB da RA de Presidente Prudente (-5,0%), bem abaixo da taxa do PIB estadual”, avalia a Fundação Seade.
Denominado “Radar Regional”, o boletim com o PIB das regiões do Estado de São Paulo, que foi divulgado pela primeira vez nesta terça-feira (19), terá periodicidade trimestral, segundo a Fundação Seade.
G1.Prudente
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