Quem se deparou com o réptil foi o estudante César Augusto Franklin, de 19 anos, que voltava para casa depois de uma manhã de aula na faculdade de jornalismo. De acordo com o rapaz, foi uma surpresa encontrar o animal “em repouso” no córrego.
“Eu faço o mesmo caminho entre casa e escola há mais de um ano, mas nunca tinha visto algo desse tipo, o que me chamou muito a atenção”, explicou ao G1.
De acordo com o cabo Evandro Sanches, da 3ª Companhia da Polícia Ambiental, esse tipo de ocorrência não é muito comum, porém, não chega a ser inusitada, pois, com o avanço da população em direção às zonas rurais, é de se esperar que animais como esse acabem sendo vistos pelos moradores da cidade.
“Se o jacaré estivesse em um bueiro ou em uma casa, então, haveria uma ocorrência inusitada que precisaria dos serviços da polícia para fazer o recolhimento do bicho”, explicou.
Segundo ele, a população não precisa, necessariamente, acionar a corporação, caso aviste o animal em um córrego ou lago, por exemplo, pois, se ninguém mexer com o réptil, não haverá ataque.
“A gente reforça, entretanto, que, se, mesmo assim, os moradores se sentirem incomodados com a presença do animal, podem pedir pelo suporte da polícia, de qualquer forma”, disse.
Ataque para defesa
Conforme o biólogo Danilo Carrião, o que precisa ficar claro é que animais silvestres, como o jacaré, sempre estiveram presentes não somente em Presidente Prudente, mas na região. Ele explicou que é a pressão populacional que acaba chegando às áreas que antes eram exclusivas destes animais.
“Não são raros os casos de avistamento de jacaré nas proximidades do Residencial Servantes 2, como, por exemplo, o bairro do Limoeiro, onde tem muita vegetação”, salientou.
No Balneário da Amizade, que, assim como o Residencial Servantes 2, também fica na zona oeste de Presidente Prudente, já foi identificada a presença de jacarés.
O biólogo disse, também, que o réptil se alimenta de anfíbios, moluscos e filhotes de aves. Ainda segundo Carrião, não faz parte do seu instinto atacar seres humanos, a menos que estes queiram chegar perto ou manipular o bicho.
“O jacaré só atacaria um ser humano para se defender, uma vez que o ataque às presas só ocorre àqueles que estão à altura de seus olhos”, explicou.
Segundo o biólogo, o correto a fazer seria remanejar estes animais, já que eles estão muito próximos da zona urbana, que continua a se expandir. Ele também relatou que o maior prejudicado dentro desse cenário acaba sendo o próprio animal, e não o ser humano.
“As pessoas se impressionam facilmente e acabam ficando aos arredores do animal ou dando comida inapropriada a ele”, contou.
Serviço - O morador que avistar algum jacaré e desejar a retirada do bicho pode acionar a Polícia Ambiental através do número 3222-1088. O Corpo de Bombeiros também pode ser acionado através do número 3223-2002.
(Com a colaboração de Marcos Júnior, da TV Fronteira).
G1.Presidente Prudente.
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