Filha do condutor do Corsa, Antônio Muniz Gomes, a dona de casa Jéssica Aguilher Gomes, de 25 anos, conta que ficou sabendo do acidente depois de o chefe do pai dela telefonar perguntando sobre o atraso do funcionário, atitude incomum. " Desconfiamos, fomos atrás e quando chegamos, ele estava preso às ferragens".
A falta de informação sobre o acidente foi um dos motivos de queixa da família. "Ele estava com documentos, mas não avisaram para gente", diz a mulher, que pensa em processar a instituição. "A gente vai adiante porque falaram que iam dar apoio, que iam estar com a gente, mas não tive nenhuma ligação".
No dia do acidente, ela diz que o marido dela foi até a Polícia Federal falar com um delegado. "O delegado disse que eles vão investigar, que isso não iria ficar assim, que dariam suporte". Para ela, o acidente "foi uma imprudência da polícia, porque era horário de pico com muito movimento e muito carro".
Dayane Cristina Rodrigues Tavares, de 21 anos, filha de Aparecida Rodrigues de Azevedo e enteada de Adriano Souza de Oliveira, outras duas vítimas, conta que o sentimento da família é de revolta e desespero. "Minha mãe morreu porque a polícia bateu. Agora está tudo difícil, tudo complicado porque ela era a cabeça da casa".
A assessoria de imprensa da PF informou que aguarda o laudo pericial para saber como ocorreu o acidente e trata o caso como prioridade. Em relação às demandas das famílias, a informação é de que serão atendidas, na medida do possível.
O CASO
Acidente envolvendo três veículos, entre eles uma viatura da Polícia Federal (PF) e uma motocicleta, resultou na morte de três pessoas e deixou outras duas feridas, por volta das 07h00 desta terça-feira (10), no anel rodoviário, perto da Uniderp Agrárias, em Campo Grande. O acidente ocorreu durante perseguição policial.
Nessa perseguição, o carro que fugia acabou colidindo na viatura, que foi "lançada" e bateu em uma moto e em um Corsa Sedan. Um casal que estava na moto e o motorista do Corsa morreram na hora.
O veículo que era seguido fugiu. A Polícia Federal o localizou na tarde de terça-feira (10) em local não divulgado. O Duster tinha marca de batida na dianteira, do lado do motorista. A placa do veículo é de Belo Horizonte e não havia registro de furto ou roubo até esta quarta-feira (11).
Da Hora Bataguassu.
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