terça-feira, 1 de setembro de 2015

Em 10 anos, condição social melhora nas 56 cidades do Oeste Paulista

Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) foi medido pelo Ipea.
Dracena apresenta a melhor situação na região, segundo o estudo.

Heloise HamadaDo G1 Presidente Prudente
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Índice de Vulnerabilidade Social (IVS)
CidadeIVS 2000IVS 2010
Adamantina0,2750,174
Alf. Marcondes0,3770,235
Álv. Machado0,3430,231
Anhumas0,3050,208
Caiabu0,3990,303
Caiuá0,4270,338
Dracena0,2440,145
Emilianópolis0,4360,322
Estrela do Norte0,4150,277
E. da Cunha P.0,5180,392
Flora Rica0,4510,322
Flórida Paulista0,3900,296
Iepê0,4650,358
Indiana0,3250,272
Inúbia Paulista0,3130,200
Irapuru0,3930,298
João Ramalho0,4450,336
Junqueirópolis0,3350,190
Lucélia0,3160,197
Marabá Paulista0,4290,303
Mairápolis0,4330,313
Martinópolis0,3930,277
M. do Paranapanema0,5320,356
Monte Castelo0,3540,237
Nantes0,3040,239
Narandiba0,4570,329
N.Guataporanga0,4160,286
Osvaldo Cruz0,2880,199
Ouro Verde0,4960,354
Pacaembu0,4030,301
Panorama0,3450,271
Parapuã0,3730,226
Paulicéia0,4020,236
Piquerobi0,4010,274
Pirapozinho0,4560,304
Pracinha0,4900,328
P. Bernardes0,3260,237
P. Epitácio0,3770,259
P. Prudente0,2660,179
P. Venceslau0,3350,214
Rancharia0,2880,191
Regente Feijó0,2840,161
Rib. dos Índios0,4190,330
Rinópolis0,4050,332
Rosana0,3790,310
Sagres0,3530,174
Salmourão0,3470,249
Sandovalina0,3810,295
Santa Mercedes0,3540,222
Santo Anastácio0,3280,239
Santo Expedito0,4340,322
S. J. do P.D'Alho0,4300,211
Taciba0,4420,309
Tarabai0,4460,332
Teod. Sampaio0,4440,285
Tupi Paulista0,2730,161
Em dez anos, o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS), no Oeste Paulista, teve uma melhora significativa. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta terça-feira (1º), em 2000, das 56 cidades da região, 23 eram consideradas de alta vulnerabilidade social e duas como muito alta vulnerabilidade social. Em 2010, neste último índice – o pior – não há cidade, com a maioria considerada como de baixa vulnerabilidade social.
Conforme o Ipea, o IVS é um índice que varia entre 0 e 1. Quanto mais próximo a 1, maior é a vulnerabilidade social de um município.
Para os municípios que apresentam IVS entre 0 e 0,200, considera-se que possuem muito baixa vulnerabilidade social. Valores entre 0,201 e 0,300 indicam baixa vulnerabilidade social. Aqueles que apresentam IVS entre 0,301 e 0,400 são de média vulnerabilidade social, ao passo em que aqueles entre 0,401 e 0,500 são considerados de alta vulnerabilidade social. Qualquer valor entre 0,501 e 1 indica que o município possui muito alta vulnerabilidade social.
O instituto explica que o IVS reúne 16 parâmetros, compostos por infraestrutura urbana, saúde, educação, renda e trabalho. Assim, quanto maior o índice, piores são as condições de vida da população. O estudo trabalha com o resultado dos 5.565 municípios brasileiros, de acordo com a medição realizada em 2010.
O Oeste Paulista
Em 2010, o IVS na região só não teve cidades classificadas como de muito baixa vulnerabilidade social – considerada a melhor classificação. Pela ordem, foram sete listadas como de baixa vulnerabilidade, 24 como de média, 23 como de baixa e duas como de muito alta vulnerabilidade.
Após dez anos, o Oeste Paulista deixou de ter presença no pior índice e ainda teve 11 municípios considerados com muito baixa vulnerabilidade. Na sequência, há 23 com baixa vulnerabilidade e 22 com média.
Variações de IVS
Assim como em 2000, Dracena apresenta o melhor IVS do Oeste Paulista. O índice caiu de 0,244 (baixa) para 0,145 (muito baixa). Em contrapartida, o pior IVS da região é o da cidade de Euclides da Cunha Paulista, que foi a penúltima com o pior índice há dez anos, com 0,518 (muito alta). Na ocasião, Mirante do Paranapanema era a última, com 0,532.
No grupo das cidades com muito baixa vulnerabilidade, ainda aparecem Regente Feijó e Tupi Paulista, ambas com 0,161; Adamantina e Sagres (0,174); Presidente Prudente (0,179); Junqueirópolis (0,190); Rancharia (0,191); Lucélia (0,197); Osvaldo Cruz (0,199); e Inúbia Paulista (0,200).
Mudanças
Os municípios que mais conseguiram diminuir seus índices foram São João do Pau D'Alho, que saiu de muito alta (0,430) para baixa vulnerabilidade (0,211), uma queda de 50,93%, e Sagres, que deixou o grupo da média vulnerabilidade (0,353) para ir para o de muito baixa (0,174), ou seja, uma diminuição de 50,71%.
Já a menor porcentagem de queda foi de 16,31%, da cidade de Indiana, que era de média vulnerabilidade (0,325) e agora está como baixa vulnerabilidade (0,272).
Atlas da Vulnerabilidade Social
O IVS apresentado pelo Ipea tem a pretensão de sinalizar o acesso, a ausência ou a insuficiência de alguns “ativos” em áreas do território brasileiro, os quais deveriam, em princípio, estar à disposição de todo cidadão, por força da ação do Estado.
Os três subíndices que o compõem são: infraestrutura urbana; capital humano; e renda e trabalho. Eles representam os três grandes conjuntos de ativos, cuja “posse ou privação determina as condições de bem-estar das populações nas sociedades contemporâneas”.
Ainda de acordo com o Ipea, a definição de vulnerabilidade social em que o IVS se ancora diz respeito, precisamente, ao acesso, à ausência ou à insuficiência de tais ativos, constituindo-se, assim, num instrumento de identificação das falhas de oferta de bens e serviços públicos no território nacional.
“Nesta medida, este índice foi pensado para dialogar com o desenho da política social brasileira, uma vez que atesta a ausência ou insuficiência de ‘ativos’ que, pela própria Constituição Federal de 1988, deveriam ser providos aos cidadãos pelo Estado, nas suas diversas instâncias administrativas”, explica o instituto.
Em todo o país, o indicador mediu que a exclusão social passou de 0,446 para 0,326 nesses dez anos.
Dessa forma, o país saiu da alta vulnerabilidade para a média. Neste parâmetro médio de 0,326, no Oeste Paulista, são 12 cidades com índice acima deste número, ou seja, a maioria está em situação melhor do que a apurada para o próprio Brasil.

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