Em 10 anos, condição social melhora nas 56 cidades do Oeste Paulista
Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) foi medido pelo Ipea.
Dracena apresenta a melhor situação na região, segundo o estudo.
Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) | ||
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Cidade | IVS 2000 | IVS 2010 |
Adamantina | 0,275 | 0,174 |
Alf. Marcondes | 0,377 | 0,235 |
Álv. Machado | 0,343 | 0,231 |
Anhumas | 0,305 | 0,208 |
Caiabu | 0,399 | 0,303 |
Caiuá | 0,427 | 0,338 |
Dracena | 0,244 | 0,145 |
Emilianópolis | 0,436 | 0,322 |
Estrela do Norte | 0,415 | 0,277 |
E. da Cunha P. | 0,518 | 0,392 |
Flora Rica | 0,451 | 0,322 |
Flórida Paulista | 0,390 | 0,296 |
Iepê | 0,465 | 0,358 |
Indiana | 0,325 | 0,272 |
Inúbia Paulista | 0,313 | 0,200 |
Irapuru | 0,393 | 0,298 |
João Ramalho | 0,445 | 0,336 |
Junqueirópolis | 0,335 | 0,190 |
Lucélia | 0,316 | 0,197 |
Marabá Paulista | 0,429 | 0,303 |
Mairápolis | 0,433 | 0,313 |
Martinópolis | 0,393 | 0,277 |
M. do Paranapanema | 0,532 | 0,356 |
Monte Castelo | 0,354 | 0,237 |
Nantes | 0,304 | 0,239 |
Narandiba | 0,457 | 0,329 |
N.Guataporanga | 0,416 | 0,286 |
Osvaldo Cruz | 0,288 | 0,199 |
Ouro Verde | 0,496 | 0,354 |
Pacaembu | 0,403 | 0,301 |
Panorama | 0,345 | 0,271 |
Parapuã | 0,373 | 0,226 |
Paulicéia | 0,402 | 0,236 |
Piquerobi | 0,401 | 0,274 |
Pirapozinho | 0,456 | 0,304 |
Pracinha | 0,490 | 0,328 |
P. Bernardes | 0,326 | 0,237 |
P. Epitácio | 0,377 | 0,259 |
P. Prudente | 0,266 | 0,179 |
P. Venceslau | 0,335 | 0,214 |
Rancharia | 0,288 | 0,191 |
Regente Feijó | 0,284 | 0,161 |
Rib. dos Índios | 0,419 | 0,330 |
Rinópolis | 0,405 | 0,332 |
Rosana | 0,379 | 0,310 |
Sagres | 0,353 | 0,174 |
Salmourão | 0,347 | 0,249 |
Sandovalina | 0,381 | 0,295 |
Santa Mercedes | 0,354 | 0,222 |
Santo Anastácio | 0,328 | 0,239 |
Santo Expedito | 0,434 | 0,322 |
S. J. do P.D'Alho | 0,430 | 0,211 |
Taciba | 0,442 | 0,309 |
Tarabai | 0,446 | 0,332 |
Teod. Sampaio | 0,444 | 0,285 |
Tupi Paulista | 0,273 | 0,161 |
Em dez anos, o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS), no Oeste Paulista, teve uma melhora significativa. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta terça-feira (1º), em 2000, das 56 cidades da região, 23 eram consideradas de alta vulnerabilidade social e duas como muito alta vulnerabilidade social. Em 2010, neste último índice – o pior – não há cidade, com a maioria considerada como de baixa vulnerabilidade social.
Conforme o Ipea, o IVS é um índice que varia entre 0 e 1. Quanto mais próximo a 1, maior é a vulnerabilidade social de um município.
Para os municípios que apresentam IVS entre 0 e 0,200, considera-se que possuem muito baixa vulnerabilidade social. Valores entre 0,201 e 0,300 indicam baixa vulnerabilidade social. Aqueles que apresentam IVS entre 0,301 e 0,400 são de média vulnerabilidade social, ao passo em que aqueles entre 0,401 e 0,500 são considerados de alta vulnerabilidade social. Qualquer valor entre 0,501 e 1 indica que o município possui muito alta vulnerabilidade social.
O instituto explica que o IVS reúne 16 parâmetros, compostos por infraestrutura urbana, saúde, educação, renda e trabalho. Assim, quanto maior o índice, piores são as condições de vida da população. O estudo trabalha com o resultado dos 5.565 municípios brasileiros, de acordo com a medição realizada em 2010.
O Oeste Paulista
Em 2010, o IVS na região só não teve cidades classificadas como de muito baixa vulnerabilidade social – considerada a melhor classificação. Pela ordem, foram sete listadas como de baixa vulnerabilidade, 24 como de média, 23 como de baixa e duas como de muito alta vulnerabilidade.
Em 2010, o IVS na região só não teve cidades classificadas como de muito baixa vulnerabilidade social – considerada a melhor classificação. Pela ordem, foram sete listadas como de baixa vulnerabilidade, 24 como de média, 23 como de baixa e duas como de muito alta vulnerabilidade.
Após dez anos, o Oeste Paulista deixou de ter presença no pior índice e ainda teve 11 municípios considerados com muito baixa vulnerabilidade. Na sequência, há 23 com baixa vulnerabilidade e 22 com média.
Variações de IVS
Assim como em 2000, Dracena apresenta o melhor IVS do Oeste Paulista. O índice caiu de 0,244 (baixa) para 0,145 (muito baixa). Em contrapartida, o pior IVS da região é o da cidade de Euclides da Cunha Paulista, que foi a penúltima com o pior índice há dez anos, com 0,518 (muito alta). Na ocasião, Mirante do Paranapanema era a última, com 0,532.
Assim como em 2000, Dracena apresenta o melhor IVS do Oeste Paulista. O índice caiu de 0,244 (baixa) para 0,145 (muito baixa). Em contrapartida, o pior IVS da região é o da cidade de Euclides da Cunha Paulista, que foi a penúltima com o pior índice há dez anos, com 0,518 (muito alta). Na ocasião, Mirante do Paranapanema era a última, com 0,532.
No grupo das cidades com muito baixa vulnerabilidade, ainda aparecem Regente Feijó e Tupi Paulista, ambas com 0,161; Adamantina e Sagres (0,174); Presidente Prudente (0,179); Junqueirópolis (0,190); Rancharia (0,191); Lucélia (0,197); Osvaldo Cruz (0,199); e Inúbia Paulista (0,200).
Mudanças
Os municípios que mais conseguiram diminuir seus índices foram São João do Pau D'Alho, que saiu de muito alta (0,430) para baixa vulnerabilidade (0,211), uma queda de 50,93%, e Sagres, que deixou o grupo da média vulnerabilidade (0,353) para ir para o de muito baixa (0,174), ou seja, uma diminuição de 50,71%.
Os municípios que mais conseguiram diminuir seus índices foram São João do Pau D'Alho, que saiu de muito alta (0,430) para baixa vulnerabilidade (0,211), uma queda de 50,93%, e Sagres, que deixou o grupo da média vulnerabilidade (0,353) para ir para o de muito baixa (0,174), ou seja, uma diminuição de 50,71%.
Já a menor porcentagem de queda foi de 16,31%, da cidade de Indiana, que era de média vulnerabilidade (0,325) e agora está como baixa vulnerabilidade (0,272).
Atlas da Vulnerabilidade Social
O IVS apresentado pelo Ipea tem a pretensão de sinalizar o acesso, a ausência ou a insuficiência de alguns “ativos” em áreas do território brasileiro, os quais deveriam, em princípio, estar à disposição de todo cidadão, por força da ação do Estado.
O IVS apresentado pelo Ipea tem a pretensão de sinalizar o acesso, a ausência ou a insuficiência de alguns “ativos” em áreas do território brasileiro, os quais deveriam, em princípio, estar à disposição de todo cidadão, por força da ação do Estado.
Os três subíndices que o compõem são: infraestrutura urbana; capital humano; e renda e trabalho. Eles representam os três grandes conjuntos de ativos, cuja “posse ou privação determina as condições de bem-estar das populações nas sociedades contemporâneas”.
Ainda de acordo com o Ipea, a definição de vulnerabilidade social em que o IVS se ancora diz respeito, precisamente, ao acesso, à ausência ou à insuficiência de tais ativos, constituindo-se, assim, num instrumento de identificação das falhas de oferta de bens e serviços públicos no território nacional.
“Nesta medida, este índice foi pensado para dialogar com o desenho da política social brasileira, uma vez que atesta a ausência ou insuficiência de ‘ativos’ que, pela própria Constituição Federal de 1988, deveriam ser providos aos cidadãos pelo Estado, nas suas diversas instâncias administrativas”, explica o instituto.
Em todo o país, o indicador mediu que a exclusão social passou de 0,446 para 0,326 nesses dez anos.
Dessa forma, o país saiu da alta vulnerabilidade para a média. Neste parâmetro médio de 0,326, no Oeste Paulista, são 12 cidades com índice acima deste número, ou seja, a maioria está em situação melhor do que a apurada para o próprio Brasil.
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