Medida visa evitar 'mercado negro' e deve ser aplicada em revendedoras.Consumidores devem ficar atentos para saberem a origem de itens.
Na hora de consertar um carro ou motocicleta, as peças automotivas usadas acabam facilitando o orçamento, ainda mais com as dificuldades econômicas atuais. No entanto, é importante saber a procedência do material que será utilizado. Para isso, etiquetas identificam o material. Elas fazem parte de um sistema estabelecido para atender à "Lei do Desmanche" e evitar que peças de veículos furtados ou roubados sejam vendidas.
Quando o proprietário de uma revenda compra um carro do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) para ser desmanchado, ele também precisa adquirir uma cartela que, no caso dos carros, contém 49 etiquetas, que correspondem às peças e partes que serão comercializadas, além de servirem como um certificado de origem do produto.
As etiquetas têm um código de barras que são cadastrados pelo proprietário dados do carro, data da compra, números e características. As informações poderão ser checadas tanto pelo Detran, durante fiscalizações, quanto pelo consumidor ao fazer a compra.
O proprietário de revendedora Higor Mescolote explica que “se vender uma peça com tem que dar uma nota fiscal, que deve constar de que carro saiu esse item. É o DNA”. Em seu estabelecimentos, a adaptação ao novo sistema já foi feita e ele explica que apesar dos gastos para essa implantação, o resultado pode ser positivo. Se realmente acabar com o mercado negro vai ser muito bom para quem fica no mercado”, diz.
Em outra revenda, as etiquetas também já foram colocadas nas peças. O proprietário, João Bressan, aguarda apenas a liberação de um sistema online do Detran para cadastrar os dados. Ele conta que as etiquetas são obrigatórias para veículos comprados a partir de novembro do ano passado.
Tudo que for de antes dessa data, deve fazer parte de um inventário e ser informado ao departamento e ao consumidor. “O cliente pega uma peça com origem e fica mais contente, pois não sai sem a nota fiscal e o número da etiqueta”, conta Bressan.
A expectativa é evitar o comércio de peças de veículos roubados ou furtados e, assim, diminuir a prática desses crimes. O bancário Fernando Delfin, por exemplo, teve o carro dele furtado quando estava em aula na faculdade. Restaram apenas a chave e os documentos.
Delfin acredita que o destino do veículo foi o desmanche para venda de peças. Por isso, apoia as novas medidas. “É ótimo, porque se um ladrão for roubar um carro ele vai pensar duas, três vezes para quem vai repassar. Esse controle é fantástico”, destaca.
A orientação é que na compra de peças usadas, a pessoa observe se tem esse código de barras que permite ser rastreada pelo Departamento Estadual de Trânsito.
G1.Prudente
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