sexta-feira, 10 de julho de 2015

Nova tarifa de embarque deve afetar movimento em aeroporto prudentino

Representante da Aviesp alega que alta pode trazer prejuízos. Reajuste passará a valer em 30 dias em Guarulhos e Viracopos.

Nesta sexta-feira (10), foi publicada no diário oficial uma decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que determina o reajuste nos preços de embarques e conexões nos aeroportos de Guarulhos (SP), em São Paulo, e Vira Copos, em Campinas (SP). Com isso, os usuários de Presidente Prudente terão que desembolsar mais dinheiro quando forem retornar ao município. Para o diretor regional da Associação das Agências de Viagens Independentes do Interior do Estado de São Paulo (Aviesp), Marcos Antonio Carvalho Lucas, esse aumento é abusivo.

Os aumentos foram de 8,6% no em Guarulhos de 7,5% em Viracopos. Nos dois terminais, as tarifas de embarque, por passageiro, serão de R$ 19,21 para voos domésticos e de R$ 33,99 para voos internacionais, sem considerar as Tarifas Aeronáuticas (Ataero), conforme o documento.

Já se forem considerados os valores somados a Ataero, quantia que vai para o Fundo Social de Aviação Civil (FNAC) e não fica com o aeroporto, o preço para voos domésticos será de R$ 26,11 para voos domésticos e R$ 88,57 para voos internacionais em Guarulhos.

No aeroporto de Viracopos, o preço desta taxa sairá R$ 25,85 para voos domésticos e R$ 88,12 para os internacionais.

Dentre os fatores alegados para chegar a estes valores, a correção considerou a inflação entre junho de 2014 e junho de 2015, medida pela variação de quase 9% do Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA). Esses reajustes começarão a ser cobrados em 30 dias.

De acordo com o diretor regional da Aviesp, este é o segundo aumento cobrado neste ano. “Em janeiro já tivemos um reajuste de cerca de 14% e agora, em menos de seis meses, eles voltam a subir os preços. Deveriam ao menos dar um prazo de ano para que isso fosse feito”, ressalta.

Essas altas podem trazer prejuízos para as agências de viagens e passageiros do Oeste Paulista que utilizam esses dois terminais com frequência, segundo Lucas. “Eles sobem os preços mas não se atentam em melhorar os serviços prestados nestes locais. Com esses valores, os clientes reclamam com as agências, que acabam tendo que repassar essa quantia. Isso faz com que a demanda de usuários seja menor. Além disso, esses dois aeroportos são os mais utilizados por passageiros da nossa região, o que interfere nos valores gastos por eles com viagens”, afirma.
Falta de comunicação

O representante da Aviesp, Marcos Lucas, também ressaltou sobre problemas com equipamentos do Aeroporto Estadual Adhemar de Barros, o que dificulta a comunicação das aeronaves como o terminal.

“Os aparelhos VOR e DME estariam quebrados, aumentando significativamente os padrões de segurança para pouso de aviões, que não conseguem aproximação sem contato visual abaixo de 1.500 pés face a falta de tais aparelhos em funcionamento, bem como que a retirada há tempos de uma torre de rádio que atrapalhava a aproximação das mesmas aeronaves por uma das cabeceiras ainda consta nas cartas aeronáuticas, o que também dificulta o pouso", alega Lucas.

O G1 entrou em contato com o Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), responsável pela administração do aeroporto prudentino, mas até o momento desta publicação não obteve resposta.

G1.Prudente

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