terça-feira, 14 de julho de 2015

Casa Própria: déficit é de mais de 3 mil casas em Nova Andradina

Reduzir o déficit habitacional que atinge as famílias de baixa renda de Nova Andradina tem sido um dos maiores desafios da administração pública municipal.

Segundo informações da AgehNova (Agência Municipal de Habitação), aguardam a inserção em programas habitacionais 3.154 famílias, sendo 66 idosos e 68 deficientes. A maior demanda é para atender famílias com renda de até R$ 1,6 mil.

Para reduzir esse déficit o governo municipal anunciou a construção de 460 residências no Jardim Primavera, próximo ao Jardim Universitário, em agosto do ano passado. De acordo com a AgehNova, as famílias contempladas constam no cadastro habitacional do município e serão selecionadas conforme os critérios de seleção que consta na Lei 1121 de 03 de junho de 2013, entre eles, a definição dos contemplados mediante sorteio.

Além disso, o município retomou cerca de 150 terrenos dos conjuntos Celina Gonçalves, Randolfo Jareta e Almesinda Costa Souza, que também serão destinados a programas habitacionais. Portanto, estão disponíveis 610 lotes para esta finalidade, o que atenderia apenas 19% da demanda por casas.

Parcerias com os governos federal e estadual
A diretora da AgehNova, Maria Eugênia, diz ainda que o poder público municipal aguarda a liberação de recursos federais e estaduais, para a construção de moradias. Serão viabilizadas 400 unidades habitacionais através do Programa Minha Casa, Minha Vida com recursos oriundos do FAR (Fundo de Arrendamento Residencial) para famílias com renda até R$ 1,6 mil. Em parceria com o governo municipal, o município viabiliza a implantação de 210 unidades habitacionais que contemplarão famílias com renda de R$ 1,3 mil a R$ 2,4 mil, sendo este um programa com recursos oriundos FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Casas invadidas

No que diz respeito a situação das famílias que invadiram as 22 casas inacabadas no Bela Vista II e que ocupam esses imóveis desde julho do ano passado, a diretora da Agência Municipal de Habitação, Maria Eugênia, afirma que “o município está na espera do cumprimento da reintegração”, relata.

Na contramão do problema

Pesquisa divulgada pelo Ministério das Cidades em março de 2015 mostra que o menor déficit habitacional do Brasil está na região Centro-Oeste e que Mato Grosso do Sul é o que tem menor demanda. Em ordem, os maiores déficits, segundo o estudo, foram em Goiás com 229 mil casas; 126 mil no Distrito Federal; 118 mil no Mato Grosso; e 86 mil no Mato Grosso do Sul. As taxas relativas eram: 12,1%; 16,4%; 12,5%; 10,9%, respectivamente.

Ainda segundo o estudo, grande parte do déficit habitacional brasileiro está relacionado ao valor excessivo do aluguel. Pelo menos 13 milhões de habitações carecem de infraestrutura básica:água, energia elétrica, esgoto ou coleta de lixo. Mas para quem mora em barracos ou paga aluguel, sonhando com a casa própria que nunca chega, os números pouco importam. A realidade se baseia em uma conta simples: quantas famílias necessitam de moradia, quantas unidades precisam ser construídas com urgência e, se nada for feito, quantas pessoas cabem em 36 metros quadrados.

Jornal da Nova.

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