Na manhã desta quarta-feira (29), alguns moradores de Nova Andradina, em sua maioria jovens acadêmicos, realizaram uma manifestação pacífica contra a redução de maioridade penal de 18 para 16 anos, tema amplamente discutido em todo o Brasil nos últimos dias. Por volta das 06h, os manifestantes se aglomeraram em frente ao parque de diversões da Praça Quenenciano Cecílio de Lima, na região central da cidade. Os participantes usaram a cerca do parque para colar cartazes com mensagens contrárias à redução da maioridade penal.
O Nova News apurou que a iniciativa faz parte de uma campanha intitulada 'Amanhecer Contra a Redução', organizada por meio de uma página do Facebook e que tinha como objetivo a realização de ações semelhantes em cerca de 300 cidades do país. A parcela da população que integra a campanha acredita que a redução não seria a melhor solução para combater a criminalidade.
Logo após a colagem dos cartazes, o ato dividiu opiniões, uma vez que, algumas pessoas que caminhavam pelo local reprovaram a iniciativa.
“Creio que um rapaz ou uma moça de 16 anos sabe bem o que faz e precisa sim ser punido caso cometa algum crime”, afirmou uma mulher.
Um homem que observava os cartazes se manifestou contrário à redução da maioridade penal. “Se prenderem as pessoas com 16 anos, o crime organizado vai começar a recrutar adolescentes de 13 a 15 anos. Penso que outras medidas devem ser tomadas a respeito disso”, explicou o morador.
Segundo a Agência Brasil, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 171/93, reduzindo a maioridade penal, em tramitação no Congresso Nacional, já havia motivado protestos em vários estados na noite desta terça-feira (28). A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também se manifestou, nos últimos dias, de forma contrária à redução da maioridade penal para 16 anos.
A CNBB disse, por meio de nota, que a medida é um “equívoco que precisa ser desfeito”. Para a entidade, a redução da maioridade penal não é solução para a violência no país. “Investir em educação de qualidade e em políticas públicas para a juventude e para a família é meio eficaz para preservar os adolescentes da delinquência e da violência”, aponta a entidade. (Colaborou Germino Roz).
Nova News.
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