terça-feira, 24 de março de 2015

Moradores de Pres. Venceslau temem por segurança após soterramento

Há pouco mais de dois anos uma mulher morreu no Parque São Roque.Prefeitura afirma que entende que não há problema no local.

Dois anos depois do soterramento que matou uma pessoa no Parque São Roque, em Presidente Venceslau, os moradores do lugar ainda temem pela segurança. Quem mora perto da casa onde ocorreu o problema precisou se mudar, por recomendação da Defesa Civil.

Segundo os moradores do bairro, após dois anos nada foi feito pelo Poder Público para impedir que a situação se repita. A estudante Tatiane Félix conta que “fizeram alguns exames e alguns laudos, mas não foi tomada nenhuma providência para melhorar a situação”.

O SPTV acompanha o caso desde a morte de Marta Aparecida Moraes dos Santos. O piso do quarto da casa dela afundou e a conclusão da Polícia Civil é de que não houve mera fatalidade e sim negligência do poder público na fiscalização das galerias de água que correm por baixo das casas e foi justamente uma dessas galerias que rompeu fazendo o buraco no quarto da vítima.

A dona de casa Vera Lúcia Pratis olha a casa que tem no bairro sem muita saudade. Ela diz que tem medo de voltar a morar lá, mas enfrenta um impasse. De acordo com a prefeitura, a partir do dia 10 de abril o auxílio-moradia que a família recebe para viver em segurança em outro lugar, vai ser cancelado.

“A prefeitura não vai mais pagar aluguel e quer que a gente volte para as casas”, disse. “A gente conversou e uma reunião foi marcada para falar sobre a casa”. “Não tenho coragem de voltar para a casa e estamos sem saber o que fazer”, destaca.

Outros moradores passam pela mesma situação. Um segundo exemplo é a aposentada Maria Cleusa de Mello. Segundo ela, “no começo o buraco só estava no local do fato, agora já está no funco da minha casa. Como vou ter segurança se eu voltar para lá?”, questiona. “Foi prometida uma revisão, que melhorias seriam feitas, mas até hoje, nada”.

O prefeito de Presidente Venceslau, Jorge Duran, não quis gravar entrevista, mas a assessoria de imprensa informou, por meio de nota, que não houve interdição das casas em momento nenhum e que as famílias que recebem o auxílio terão o benefício encerrado e poderão voltar para as casas normalmente.

O poder público não explicou se neste período de dois anos algum estudo técnico foi realizado no local. A prefeitura disse ainda que apenas o imóvel onde houve a morte foi desocupado e o caso corre na Justiça.

Por telefone, o chefe de gabinete da Prefeitura de Presidente Venceslau, Élcio Júnior, informou que o laudo sobre as causas do soterramento foi inconclusivo, mas a prefeitura entende que não há problema no local.

G1.Prudente

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