Ao todo, 2.929 universitários retomaram rotina nesta segunda-feira (5).
Os alunos da Universidade Estadual Paulista (Unesp), câmpus de Presidente Prudente, voltam às aulas nesta segunda-feira (5), em razão da greve que paralisou por 117 dias, o calendário válido pelo segundo semestre de 2014. Por este motivo, uma programação especial estipulou que durante os dias 13 de novembro a 23 de dezembro, e de 5 de janeiro a 24 de março, os estudantes devem cumprir o cronograma para regularizar a carga horária perdida.
Este calendário afeta 2.929 alunos dos 12 cursos de graduação da unidade, que vão trocar o período de férias pela rotina comum de aulas. Felipe Kenji dos Anjos cursa o segundo ano de Engenharia Ambiental, e por ter a família residindo em São Paulo, já tinha planejado ir viajar com os pais. "É estranho estar em aula enquanto todo mundo está de férias", relata.
Desmarcar um compromisso marcado para janeiro, se tornou prática comum aos estudantes da Unesp. O aluno do quarto ano de Engenharia Cartográfica, Mateus Cardoso, vai ter que cancelar a ida anual que faz para Araraquara. "Normalmente vou todos os anos visitar os meus avós, só que neste não vai ter jeito. Fica para o ano que vem".
Ele argumenta que a demora para a elaboração da programação das aulas, dificultou a organização. "Ninguém sabia o quanto duraria a greve. A expectativa era que durasse uma semana, duas. O problema é que isso pode refletir em um ano a mais de estudos para nós [alunos[", explicou Mateus.
Motivo que é compartilhado por seu companheiro de turma, Lucas Dias, que aponta como fator agravante, o clima no Oeste Paulista. "É muito mais difícil vir para aula neste verão tão quente. Normalmente voltamos a rotina no final de fevereiro, é complicado".
Morador de Rosana, o estudante do quarto ano de Engenharia Cartográfica, contou que o período de férias e festas ficou comprometido. "Até na ante-véspera de Natal estava aqui, e isso sem contar os finais de semana. A gente vê os parentes chegando em casa, e não pode fazer nada além de vir estudar".
Carga extra de trabalhos e pouco descanso, são os argumentos apontados pela estudante Marcela Gomes D`Amato, aluna do terceiro ano do Engenharia Ambiental. "Todo mundo pensa que ficamos mais de três meses parados, mas eu por exemplo faço projeto de iniciação científica, então não parei".
G1 Prudente
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