terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Frigorífico de Presidente Venceslau deve terminar mais um ano fechado

Unidade já foi a leilão por mais de três vezes e não foi arrematada.Para presidente do sindicato, situação atual do imóvel é 'preocupante'.

A situação do Frigorífico Kaiowa S/A, instalado em Presidente Venceslau, terminará mais um ano sem solução. O local já foi a leilão por mais de três vezes, porém não recebeu nenhuma proposta que arrematasse o lance de R$ 52.233.712 de venda. A falência do imóvel está decretada desde 1997.

De acordo com a prefeitura, a unidade já chegou a ter 1.200 funcionários. O frigorífico está localizada no km 619 da Rodovia Raposo Tavares e possui uma área total de 367.547.94 metros quadrados, com 57.004,73 de espaço construído, que abrangem 54 itens descriminados, incluindo um grêmio para empregados com quadras esportivas, campo de futebol e área de lazer.

O presidente do Sindicato Trabalhadores Indústria Alimentação de Presidente Prudente, Roberto Moreira, assistiu alguns dos leilões promovidos e pôde presenciar as tentativas fracassadas de venda do local. Segundo ele, proprietários de frigoríficos de outras cidades ficaram interessados em adquirir o prédio, no entanto, devido ao alto custo, não arremataram o valor.

“Eu comparei o atual preço desse imóvel com alguns que já foram vendidos e pude perceber que está muito caro. A juíza deveria abaixar o custo para cerca de R$ 25 milhões e acabar com esse impasse”, afirma.

Para o presidente, a situação é “preocupante” já que o frigorífico permanecerá com as portas fechadas e sem gerar lucro para o Oeste Paulista. “O prédio está pronto para receber serviços de desossa de boi. Acredito que, se arrematado, a unidade poderia voltar a funcionar em dois meses. Gerando assim, mais de 800 oportunidades de trabalho”, aponta.

Moreira acrescenta ainda que, com a reabertura do local, diversas cidades seriam beneficiadas economicamente. Conforme ele, mesmo com a pouca criação de boi na área rural do Oeste Paulista, que deu espaço ao cultivo de cana-de-açúcar, a unidade poderia exportar carne para outras regiões. Logo, o setor movimentaria mais dinheiro e traria trabalhadores de outros municípios para compor a equipe no local.

“Com o frigorífico funcionando tudo seria um pouco melhor. É um imóvel muito bom e grande para estar falido, além de estar desperdiçando vagas de trabalho. É um prejuízo”, finaliza o presidente do sindicato.

Atualmente, Amador Bueno é responsável pela parte administrativa da massa falida.

G1.Prudente

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