Reivindicação é por reajuste salarial e aumento do
repasse orçamentário.
Alunos permanecem sem aula até que haja o posicionamento
do Estado.
Servidores, professores e alunos paralisaram as
atividades no campus da Unesp em Presidente Prudente (Foto: Carolina
Mescoloti/G1)
Servidores, professores e alunos paralisaram atividades e
aulas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), no
campus de Presidente Prudente, na manhã desta quarta-feira (21), por volta das
8h. As principais reinvidicações são reajuste salarial dos funcionários e aumento de repasse orçamentário do Estado à
instituição de ensino.
Conforme o representante dos servidores, o assistente
operacional II da faculdade, Ademir dos Santos Cardoso, a paralisação ocorre
ainda em três universidades estaduais paulistas: Unesp, Universidade de São
Paulo (USP) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
“O que nos motivou a paralisar as atividades foi o
anúncio feito pelo Estado na última semana, sobre o reajuste de 0%. Não houve
negociação e pedimos o aumento salarial proporcional à inflação e mais 3%.
Outra solicitação é em relação ao fim de perseguições políticas entre
funcionários, professores a alunos, além da ampliação do quadro de servidores”,
ressalta Cardoso.
Apenas os serviços essenciais da universidade permanecem
em funcionamento, ainda segundo o servidor. “Os funcionários do setor
financeiro e de vigilância continuam trabalhando, mas as aulas permanecerão
paradas e outras atividades, até que tenhamos um posicionamento a respeito das
reinvindicações”, conta.
O valor do repasse orçamentário está entre as exigências
dos professores da faculdade, de acordo com o professor doutor do curso de
geografia e presidente do Sindicato da Unesp de Presidente Prudente, Ricardo
Pires de Paula.
"Se a reinvidicação for atendida iremos
ampliar as possibilidades de cursos aos nossos alunos", afirma Pires
“Ao longo dos anos tivemos um aumento nos cursos da
universidade e o repasse de Operações relativas ao ICMS [Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação] não acompanhou essa demanda. O
valor destinado é de 9,57%, o ideal seria que ele tivesse aumento, atingindo
11,6% para atender a abertura de 130 cursos da universidade em todo o Estado.
Já que em 2002 tínhamos apenas 93 cursos na instituição”, explica.
A ampliação do valor atenderia a necessidade da
universidade nos setores de pesquisa, ensino e extensão, segundo o professor.
“Se a reinvidicação for atendida iremos ampliar as possibilidades de cursos aos
nossos alunos, além de não precisarmos mais de professores substitutos, já que
existem cursos abertos sem quadro de docentes formados”, menciona Pires.
No período da tarde, às 14h, uma assembleia será
realizada no campus da faculdade para definir o rumo da paralisação. “Uma
reunião está sendo realizada na Unesp, em São Paulo, e através do resultado
desse encontro iremos definir se iremos aderir à greve”, explica o professor.
Para a aluna do 5º ano de geografia, Giuglianna Oliveira,
a adesão à paralisação é essencial para que haja melhoria nas condições estruturais
e de suporte da universidade. “Sabemos que existem diversos problemas pela
dificuldade encontrada no repasse do Estado e, por isso, o envolvimento dos
alunos é tão importante nesta causa”, conta.
O G1 entrou em contato com a assessoria da Secretaria de
Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação para falar sobre o
assunto, mas não obteve resposta até esta publicação.
Com cartazes alunos aderiram à causa e aguardam um
posicionamento do Estado.
Fonte: G1 Presidente Prudente
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