quarta-feira, 21 de maio de 2014

Funcionários da Unesp de Presidente Prudente paralisam atividades


Reivindicação é por reajuste salarial e aumento do repasse orçamentário.
Alunos permanecem sem aula até que haja o posicionamento do Estado.
Servidores, professores e alunos paralisaram as atividades no campus da Unesp em Presidente Prudente (Foto: Carolina Mescoloti/G1)
Servidores, professores e alunos paralisaram atividades e aulas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), no campus de Presidente Prudente, na manhã desta quarta-feira (21), por volta das 8h. As principais reinvidicações são reajuste salarial dos funcionários e  aumento de repasse orçamentário do Estado à instituição de ensino.
Conforme o representante dos servidores, o assistente operacional II da faculdade, Ademir dos Santos Cardoso, a paralisação ocorre ainda em três universidades estaduais paulistas: Unesp, Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
“O que nos motivou a paralisar as atividades foi o anúncio feito pelo Estado na última semana, sobre o reajuste de 0%. Não houve negociação e pedimos o aumento salarial proporcional à inflação e mais 3%. Outra solicitação é em relação ao fim de perseguições políticas entre funcionários, professores a alunos, além da ampliação do quadro de servidores”, ressalta Cardoso.
Apenas os serviços essenciais da universidade permanecem em funcionamento, ainda segundo o servidor. “Os funcionários do setor financeiro e de vigilância continuam trabalhando, mas as aulas permanecerão paradas e outras atividades, até que tenhamos um posicionamento a respeito das reinvindicações”, conta.
O valor do repasse orçamentário está entre as exigências dos professores da faculdade, de acordo com o professor doutor do curso de geografia e presidente do Sindicato da Unesp de Presidente Prudente, Ricardo Pires de Paula.
"Se a reinvidicação for atendida iremos ampliar as possibilidades de cursos aos nossos alunos", afirma Pires

“Ao longo dos anos tivemos um aumento nos cursos da universidade e o repasse de Operações relativas ao ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação] não acompanhou essa demanda. O valor destinado é de 9,57%, o ideal seria que ele tivesse aumento, atingindo 11,6% para atender a abertura de 130 cursos da universidade em todo o Estado. Já que em 2002 tínhamos apenas 93 cursos na instituição”, explica.
A ampliação do valor atenderia a necessidade da universidade nos setores de pesquisa, ensino e extensão, segundo o professor. “Se a reinvidicação for atendida iremos ampliar as possibilidades de cursos aos nossos alunos, além de não precisarmos mais de professores substitutos, já que existem cursos abertos sem quadro de docentes formados”, menciona Pires.
No período da tarde, às 14h, uma assembleia será realizada no campus da faculdade para definir o rumo da paralisação. “Uma reunião está sendo realizada na Unesp, em São Paulo, e através do resultado desse encontro iremos definir se iremos aderir à greve”, explica o professor.
Para a aluna do 5º ano de geografia, Giuglianna Oliveira, a adesão à paralisação é essencial para que haja melhoria nas condições estruturais e de suporte da universidade. “Sabemos que existem diversos problemas pela dificuldade encontrada no repasse do Estado e, por isso, o envolvimento dos alunos é tão importante nesta causa”, conta.
O G1 entrou em contato com a assessoria da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação para falar sobre o assunto, mas não obteve resposta até esta publicação.

Com cartazes alunos aderiram à causa e aguardam um posicionamento do Estado.

Fonte: G1 Presidente Prudente


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