Germino Roz - Redação Nova News
O senador Delcídio do Amaral (PT) juntamente com os
prefeitos das cidades de Brasilândia, Três Lagoas, Bataguassu, Santa Rita do
Pardo, Anaurilândia, Batayporã e Selvíria, se reuniram na capital paulista com
a diretoria da Companhia Energética de São Paulo (CESP), para discutir o
pagamento da indenização devida pela empresa aos municípios sul-mato-grossenses
afetados pela construção da Usina Sérgio Motta. Foram discutidos com o
presidente CESP Mauro Arce o cumprimento dos termos de ajustamento de conduta
definidos pelo Ministério Público e assinados pelos prefeitos.Segundo a
assessoria do senador, a empresa não tem cumprido aquilo que assinou. Hoje, são
aproximadamente R$ 200 milhões sequestrados pela Justiça Federal em favor dos
municípios. “Esse valor é fruto de multas aplicadas contra a Cesp e o
entendimento é que precisamos negociar uma saída, para que os recursos sejam
repassados às prefeituras e se transformem em investimentos que ajudarão a
melhorar a qualidade de vida da população”, ponderou Delcídio.A CESP se
comprometeu a atualizar os valores para depois definir com os municípios a
implementação das medidas mitigatórias. Se houver consenso entre os prefeitos,
as ações que alguns municípios impetraram na Justiça contra a empresa poderão,
dentro da negociação, ser equacionadas, para que a situação se regularize.
Usina
A Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também chamada
de Usina Porto Primavera, está instalada no Rio Paraná à altura do município
paulista de Rosana, na divisa com Mato Grosso do Sul. O projeto foi iniciado
pela CESP em 1980. Inicialmente previsto para ser concluída em 1988, ela só
ficou pronta em 2003, a um custo final de US$ 9 bilhões. A usina possui 14
unidades geradoras e sua barragem é a mais extensa do Brasil, com
aproximadamente 10 km de cumprimento.Os municípios de Mato Grosso do Sul diretamente
impactados pela formação do lago da Usina Sérgio Motta são Anaurilândia,
Bataguassu, Batayporã, Brasilândia, Santa Rita do Pardo e Três Lagoas, que
contribuíram com terras férteis para a agricultura e grandes quantidades de
argila, ou seja, uma riqueza de valor incalculável ficou submersa. Além disso,
boa parte da flora e da fauna da região foi eliminada. Os maiores danos foram
sofridos por Bataguassu e Anaurilândia, sendo que cada um perdeu mais de 30% de
suas terras. Indiretamente, também foram atingidos os municípios de Angélica,
Ivinhema, Nova Andradina e Taquarussu. (Com informações da Assessoria)
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