As santas casas e hospitais beneficentes do Estado de São
Paulo fazem um protesto nesta segunda-feira (8) pelo aumento no valor pago pelo
Ministério da Saúde em procedimentos médicos como consultas, exames e
cirurgias. A iniciativa é parte do Ato de Mobilização Nacional das Santas Casas
e Hospitais Beneficentes.
Na região, quatro unidades hospitalares aderiram ao
movimento: as santas casas de Presidente Prudente, Dracena, Martinópolis e
Presidente Venceslau.
De acordo com a Federação das Santas Casas e Hospitais
Beneficentes de São Paulo (Fehosp), dos 300 hospitais paulistas, 70 estão
atendendo apenas casos de urgência, dentre eles a Santa Casa prudentina.
Representantes da Fehosp se reuniram pela manhã com o
secretário estadual da Saúde, Giovanni Cerri, e o coordenador da Frente
Parlamentar das Santas Casas, deputado estadual Itamar Borges. As santas casas
deram um prazo de 60 dias para que o governo corrija a tabela de procedimentos
do Sistema Único de Saúde (SUS), que não é reajustada desde 2008, segundo a
entidade. A defasagem seria responsável por um déficit de R$ 5 bilhões por ano
e uma dívida total de cerca de R$ 12 bilhões dos hospitais filantrópicos no
estado.
De acordo com a Fehosp, caso o pedido não seja aceito, as
entidades prometem reduzir os atendimentos, que hoje respondem por mais de 90%
da capacidade da maioria desses hospitais, embora a legislação exija 60%.
Segundo a federação, as entidades filantrópicas respondem por 50,26% dos leitos
públicos e são responsáveis por 50,78% das internações.
Pela tabela de procedimentos do SUS, as entidades recebem,
por exemplo, R$ 11 por uma consulta médica de pronto-atendimento, R$ 12 por um
exame de raio X, R$ 22,50 por uma mamografia, R$ 3,70 por um exame de urina e
R$ 150,05 por um parto cesáreo.
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