A Secretaria de Saúde em parceria com a Covepe-Controle de
Vetores de Presidente Epitácio, estão
intensificando seus trabalhos com o objetivo de combater a dengue no
município. Segundo o encarregado do controle
de vetores Reinaldo Ferreira da Silva, o desafio em se erradicar a dengue
começa na conscientização das pessoas. “O fundamental é conscientizar as
pessoas, combater a dengue requer empenho de toda a sociedade, uma vez que o
Aedes aegypti pode encontrar em cada moradia e arredores, ambiente propício
para sua proliferação”, enfatizou Silva.
Com uma equipe formada por cerca de 40 trabalhadores a
Covepe está organizando mutirões de limpeza e tem intensificado seus trabalhos,
sobre tudo, nos arredores das casas de pessoas que contraíram a doença, os
trabalhos devem continuar até o dia 28 de fevereiro. O encarregado pela Covepe
em declarações ao jornal Debate fez o seguinte apelo para população:
“Precisamos da ajuda de todos, estamos encontrando dificuldades em realizar
inspeções por completo nas residências, pedimos aos moradores que nos ajudem de
todas as formas, permitindo a entrada e inspeção das residências por completo,
hoje Presidente Epitácio tem 120 casos de dengue confirmados, não podemos
deixar que esse número aumente; mas para que isso aconteça à população precisa
colaborar, destacou Silva”.
A Secretaria de Saúde confirmou o número de casos da doença,
dados levantados do dia 1º de janeiro até a última sexta-feira (25). Com isso,
a Vigilância Epidemiológica Municipal alerta que a cidade enfrenta uma epidemia
e os números podem aumentar, já que 111 pessoas devem passar pelo exame que
confirma a enfermidade.
De acordo com a enfermeira responsável pelo setor, Claudia
de Melo Xavier, os números são referentes somente ao primeiro mês do ano. “Por
ser somente do mês de janeiro, são muitos casos e por isso a epidemia já é
considerada. Mas um arrastão de prevenção já está sendo feito”, diz.
Para as pessoas que suspeitam de estarem infectadas, a
orientação é para que procurem primeiro o atendimento em qualquer centro de
saúde, sem se automedicar.
Reintroduzido definitivamente no país, na década de 80, o
mosquito vetor da doença precisa de combate permanente e contínuo. Desse modo,
algumas medidas elementares podem ser tomadas individual e coletivamente para
auxiliar na erradicação do Aedes aegypti:
* Vasos de flores ou plantas – a vasilha que fica sob o vaso
para recolher a água excedente deve ser mantida seca. Uma boa medida é enchê-la
com areia até a borda. A água dos vasos com flores deve ser trocada a cada 2 ou
3 dias;
* Pneus velhos – devem ser furados para eliminar a água que
eventualmente se acumule, guardados em lugar coberto ou jogados fora;
* Caixas d’água – devem ser lavadas periodicamente e
tampadas durante todo o tempo;
* Piscinas - o cloro da água das piscinas deve estar sempre
no nível adequado;
* Garrafas vazias – devem ser guardadas de cabeça para
baixo, em lugares cobertos e as tampas jogadas fora em sacos de lixo;
* Recipientes descartáveis (copos, pratos, travessas, etc.)
- devem ser colocados em sacos de lixo para serem recolhidos pelos lixeiros;
* Lixo – nunca deve ser jogado em terrenos baldios, ou nas
ruas e calçadas. Além disso, as latas de lixo devem estar sempre tampadas e
limpas;
* Bebedouros de animais – precisam ser lavados e a água
trocada sistematicamente;
* Depósitos de água – quaisquer que sejam os tipos e a
finalidade a que se destinam, se não for possível prescindir deles, devem ser
mantidos limpos e tampados com segurança;
* Bromélias – algumas plantas armazenam água entre suas
folhas e podem tornar-se eventuais criadouros dos mosquitos. Entre elas,
destacam-se as bromélias cujo cultivo é comum nos jardins e residências.
Eliminá-las não resolveria o problema da dengue e poderia afetar o equilíbrio
ecológico. Como é quase impossível retirar totalmente o grande volume de água
que se embrenha pelas folhas, a solução é diluir uma colher de sopa de água
sanitária em 1 litro de água limpa e regá-las duas vezes por semana. Esse mesmo
preparado pode servir para inibir a formação de criadouros nos vasos de flores
ou plantas com água.
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