terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Presidente Prudente passa de 1.800 casos de dengue e inicia atendimentos do tipo B no Cohabão

 O total de casos confirmados de dengue em 2025, em Presidente Prudente (SP), chegou a 1.865 registros, de acordo com o balanço da Vigilância Epidemiológica Municipal (VEM) atualizado nesta segunda-feira (24). Além disso, a cidade registra três mortes provocadas pela doença no ano.

A Secretaria Municipal de Saúde iniciou nesta segunda-feira os atendimentos no Pronto Atendimento de Apoio à Dengue do Tipo B, instalado no Cohabão, para atender pacientes encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Estratégias de Saúde da Família (ESFs).

O espaço funciona de segunda a sexta-feiras, das 13h às 19h, com foco em casos que necessitam de hemograma e hidratação endovenosa, que são os de dengue do tipo B, cujos sintomas são mais graves.A ação faz parte das medidas para combater a alta nos casos de dengue na cidade.

“Estamos criando esse espaço para garantir um atendimento ágil e especializado, proporcionando o tratamento necessário para os pacientes com dengue do tipo B, sem sobrecarregar as UPAs [Unidades de Pronto Atendimento]”, explicou a secretária municipal de Saúde, Débora Tiezzi.

O Cohabão oferece atendimento médico, medicação, hidratação e orientações sobre o desenvolvimento da doença, além de encaminhar pacientes para acompanhamento especializado.

No entanto, os atendimentos no local ocorrem mediante encaminhamento das UBSs.

Ou seja, para quem estiver com sintomas, o primeiro passo é procurar a UBS mais próxima, onde será atendido e passará por triagem.

Os pacientes com dengue do tipo A continuam a receber atendimento nas UBSs, enquanto aqueles classificados com o diagnóstico do tipo B serão direcionados para o Cohabão.

Já os casos mais graves, com sinais de alerta, como dor abdominal intensa, prostração, sangramentos ou confusão mental, devem procurar atendimento nas UPAs, que ficam no Conjunto Habitacional Ana Jacinta, na zona sul, e no Jardim Guanabara, na zona norte.Classificação da infecção

O infectologista Alexandre Naime, coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), explica que a dengue tem quatro tipos de classificação do ponto de vista clínico:


Tipo A (dengue clássica) - apresenta febre, dor no corpo, articulações e vermelhidão, mas sem sinais de alarme, sem condição especial, sem risco social e sem comorbidades. O paciente deve ser monitorado com hidratação oral.


Tipo B (dengue clássica) - o paciente que não apresenta sinais de alarme, mas tem condições especiais, risco social ou comorbidades, como hipertensão, ter mais de 65 anos, diabetes, asma e obesidade, pode apresentar evolução desfavorável e deve ter acompanhamento diferenciado. Também é indicado o monitoramento com hidratação oral.


Tipo C (sinais de alarme) - o paciente apresenta sinais de alarme e a doença pode evoluir para a forma mais grave. Apresenta queda na pressão arterial, vômitos, dor abdominal, diarreia e queda nas plaquetas. Hidratação deve ser venosa.


Tipo D (dengue grave) - extravasamento grave de plasma, levando ao choque evidenciado por taquicardia, extremidades distais frias, pulso fraco, hipotensão arterial (pressão muito baixa), sangramento grave e comprometimento grave dos órgãos.


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