Ainda de acordo com a SAP, durante a revista, os detentos "despertaram suspeitas nos agentes de que teriam engolido objetos ilícitos com o objetivo de ocultá-los".
"Foram isolados e encaminhados ao Hospital de Presidente Bernardes, onde foram submetidos a exames de raios-x, sendo constatada a presença de objetos estranhos no estômago dos dois reeducandos. Ambos foram removidos ao Hospital Regional [HR] de Presidente Prudente com indicação de cirurgia", explicou a secretaria.
Contudo, no HR, a equipe médica entendeu que não haveria necessidade de procedimento cirúrgico, "sendo prescritos laxantes para evacuação dos objetos".
A SAP informou que eles voltaram ao presídio, onde “estão isolados dos demais”. “Até o presente momento, o primeiro sentenciado eliminou seis microcelulares, quatro fones de ouvido e três pedaços de fio através de vômito e evacuação. O segundo sentenciado eliminou, através de vômitos e evacuação, quatro aparelhos microcelulares, duas porções de substância esverdeada que presume-se tratar de maconha e um fone de ouvido”, informou.
A pasta também salientou que os dois presos responderão a Processo Administrativo Disciplinar, “sujeitos às penalidades previstas na legislação”.
O presídio tem capacidade para abrigar 1.247 detentos e conta atualmente com uma população de 1.923. Além disso, também tem uma ala de progressão penitenciária com capacidade para 204 presos, mas com uma população atual de 170, conforme os dados da SAP.
Vizinha ao RDD
A Penitenciária "Silvio Yoshihiko Hinohara" está localizada no km 586 da Rodovia Raposo Tavares (SP-270) e fica ao lado do Centro de Readaptação Penitenciária (CRP), unidade prisional em que funciona o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), que é um sistema mais rígido de cumprimento de pena.
No mês passado, a SAP transferiu para o RDD, em Presidente Bernardes, 13 líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios. Entre eles, estava Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que é considerado o principal chefe da organização. A remoção foi determinada pela Justiça, após um pedido da Polícia Civil, no encerramento da Operação Ethos, que apontou o envolvimento de advogados com a facção.
G1.Prudente
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