Do ifronteira, postado por Lourival S. Bortolin
Cerca de 70 pessoas, que trabalham no serviço municipal de saúde de Presidente Epitácio, participaram de um protesto em frente à Secretaria de Saúde da cidade na manhã desta sexta-feira (25). De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais da cidade (Sindserp), a mobilização ocorreu após a Prefeitura conceder um aumento de quase 50% apenas aos médicos que trabalham na rede pública. Porém, os demais funcionários receberam um reajuste de apenas 7% em maio deste ano.
Os manifestantes usaram roupas pretas, narizes de palhaço e cartazes com palavras de ordem para chamar a atenção.
De acordo com o presidente do Sindserp, Rivanildo Cavalcante, a mobilização começou no início do expediente, às 7h. Todos os funcionários, que não são médicos participaram da paralisação.
O reajuste aconteceu na última quarta-feira (23), em uma sessão extraordinária na Câmara Municipal. Ainda de acordo com o sindicalista, o aumento salarial desse porte e favorecendo apenas uma categoria é "abusivo".
O reajuste aconteceu na última quarta-feira (23), em uma sessão extraordinária na Câmara Municipal. Ainda de acordo com o sindicalista, o aumento salarial desse porte e favorecendo apenas uma categoria é "abusivo".
“Em maio, quando recebemos nosso benefício, que foi referente ao dissídio, não passou de 7%. Os números compreenderam a 6%, tendo como base a inflação, e 1%, apenas sobre a reposição obrigatória. Portanto, entendemos que nós somos funcionários da saúde, e também prestamos serviços à população, portanto, não podemos ser excluídos dessa forma”, explica.
O presidente explicou ainda que, no início da atual administração, a Prefeitura prometeu rever a folha de pagamentos de todos os servidores públicos. A ideia do sindicato era iniciar um plano de carreira, que ainda não ocorreu.
“Entendemos que a Prefeitura não atravessa um bom momento, pois, começou o ano com o caixa deficiente. Por isso, na época, concordamos com o atual reajuste, desde que a promessa do plano fosse cumprida. Mas ela não aconteceu e, para piorar, apenas um setor foi favorecido. Contudo, nos sentimos muito prejudicados com isso”, relata.
Outro lado
Segundo a secretária de Saúde do município, Fabiana Guimaro, o objetivo do reajuste aos médicos foi aproximar a folha de pagamento deles à média que é paga na região. Hoje, ainda acordo com ela, municípios como Piquerobi, que fica próximo a Epitácio, pagam aproximadamente R$ 13 mil. Já em Epitácio, antes do aumento, o valor inicial pago era de R$ 6,844 mil.
“Com o reajuste, a categoria agora passa a ganhar R$ 9,906 mil e, ainda assim, é o menor salário na maioria dos municípios próximos. Portanto, para não perder os profissionais, e continuar prestando um serviço adequado à população, fomos obrigados a conceder o aumento, pois, se ele não acontecesse, correríamos os riscos de perdê-los”, argumenta.
Ela ainda relata que não foi possível desenvolver o plano de carreira, pois, as contas da Prefeitura para esse ano estão fechadas. Porém, é objetivo da secretaria restabelecer o diálogo com a categoria para que tão logo o objetivo dela seja alcançado.
“Em maio, já conversamos com o Sindserp, e ele concordou com o reajuste primário e posteriormente a tentativa de desenvolver o plano. Portanto, queremos que fique claro que as reivindicações de todos os profissionais estão sendo ouvidas e analisadas, pois, sabemos da defasagem de ganho em diversas categorias que pretenderemos resolver assim que for possível”, conclui.
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