Investigação iniciada em 2010 mostra que organização usa celular para negociar drogas e armas
Do iFronteira
Investigação do MP começou em março de 2010 e terminou neste ano (Foto: Reprodução)
Investigação do Ministério Público de São Paulo, iniciada em março de 2010 e concluída neste ano, período em que promotores de Justiça reuniram diversos documentos e escutas telefônicas, comprova que uma facção que age dentro e fora dos presídios é comandanda da P2 de Presidente Venceslau. A organização, inclusive, de acordo com as gravações, decretou a morte do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Em um dos anexos da denúncia, três integrantes comentam que o “bagulho está feio”. Um deles fala que “depois que esse Governador entrou aí o bagulho ficou doido mesmo. Você sabe de tudo o que aconteceu, cara,na época que nois decretou ele (Governador), então, hoje em dia, Secretário de Segurança Pública, Secretário de Administração, Comandante dos vermes (PM0, estão todos contra nois”.
A facção, de acordo com o MP, controla 90% das unidades prisionais do Estado e tem como chefe principal Marco Willians Herbas Camacho (Marcola), no Oeste Paulista desde 2006. Em uma gravação, ele diz ser o responsável pela redução de homicídios no Estado de São Paulo.
É pelo celular que o grupo negocia a compra de drogas, que financia a compra de armas, conforme o MP. É o que mostra outra gravação, em que um dos integrantes afirma que as contas da facção estão “no vermelho” e que o tráfico, chamando de progresso, será mantido no interior.
A denúncia, assinada por 23 promotores de Justiça de todos os Grupos de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), aponta que 196 mil presos estão sob controle da facção, que atua em 90% dos presídios paulista e mata quem atrapalha os planos do grupo.
O MP pediu a prisão de 175 integrantes da facção, mas o pedido foi negado pelo Judiciário em primeira instância. A Promotoria recorreu da decisão
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