A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf) e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) voltarão a se reunir
nesta quinta-feira (10), em São Paulo, para negociar o fim da greve dos
bancários.
Os trabalhadores estão paralisados há 21 dias. A nova rodada
foi marcada após a rejeição, pelas assembleias dos sindicatos, da proposta de
reajuste salarial de 7,1% e aumento do piso em 7,5%, apresentada pelos bancos
na última sexta-feira (4). A proposta foi considerada insuficiente pela
categoria.
"Com os lucros de R$ 59,7 bilhões entre os meses de
junho de 2012 e 2013, sobram recursos para compensar o trabalho e a dignidade
dos bancários", destacou, em nota, o presidente da Contraf, Carlos
Cordeiro.
A reivindicação dos bancários é elevação salarial de 11,93%
(aumento real de 5%), piso de R$ 2.860,21 e particiapação nos lucros de três
salários-base, mais parcela adicional fixa de R$ 5.553,15. Eles pedem também
aumento dos vales-refeição e alimentação (no valor de um salário mínimo, R$
678), e melhores condições de trabalho, com o fim das metas individuais e abusivas.
“A Fenaban ressalta que o piso salarial da categoria subiu
mais de 75% nos últimos sete anos e que os salários foram reajustados em 58%,
ante uma inflação medida pelo INPC [Índice Nacional de Preços ao Consumidor] de
42%. Ou seja, somente o piso salarial registrou aumento real de 23,21%.
A proposta deve ser avaliada considerando não só os ganhos
deste ano, mas também os dos últimos anos, que são bastante significativos”,
disse, em nota, na última sexta-feira, o diretor de Relações do Trabalho da
Fenaban, Magnus Ribas Apostólico.
Portal Prudentino
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