Por unanimidade, os deputados estaduais Amarildo Cruz (PT) e
Lauro Davi (PSB) foram eleitos, na quinta-feira (23/5), no Plenarinho Nelito
Câmara, presidente e vice da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para
investigar as irregularidades na aplicação dos recursos públicos por parte das
instituições de saúde no Estado de Mato Grosso do Sul.
Em seguida, o novo presidente Amarildo Cruz escolheu Junior
Mochi e Maurício Picarelli (os dois do PMDB) para serem relator e sub-relator,
respectivamente. Onevan de Matos (PSDB), que por ser o mais antigo presidiu a
reunião até a escolha do presidente, ficou como membro.
Amarildo garantiu que a CPI irá além do que já foi apurado
pela CGU (Controladoria-Geral da União), Polícia Federal e MPE (Ministério
Público Estadual). “Vamos fazer uma grande CPI. Tenho certeza de que essa Casa
vai dar uma resposta à sociedade. Vamos passar todas as questões a limpo. Sei
da dimensão do que nos aguarda e o que nós vamos ter que fazer”, afirmou. “Sei
que é uma CPI dos 24 deputados e vamos precisar do trabalho de toda a
comissão”, acrescentou.
Junior Mochi explicou que o próximo passo da comissão será
definir a metodologia e as estratégias e que, em seu relatório, não irá se
limitar a fazer diagnóstico da situação da saúde em Mato Grosso do Sul. “O
assunto é complexo e amplo. Não vamos só levantar as mazelas, mas apontar os
caminhos”, disse.
O sub-relator Maurício Picarelli acredita que a CPI fará um
grande trabalho. “A expectativa é muito grande. Vamos chegar até onde a
Controladoria-Geral da União não chegou. Acredito que a CPI vai ser muito
importante”, disse.
A primeira reunião de trabalho da CPI foi marcada para o próximo
dia 29, às 14h, no Plenarinho. Ela terá 120 dias para investigar os problemas.
A comissão também irá apurar a legalidade, oportunidade e conveniência das
terceirizações de serviços realizados com verbas repassadas pelo SUS (Sistema
Único de Saúde).
Assinados pelo presidente da Assembleia Legislativa, Jerson
Domingos (PMDB), os atos 03/2013 e 04/2013 foram publicados na edição desta
quinta-feira do Diário Oficial Eletrônico do Poder Legislativo de Mato Grosso
do Sul. Enquanto o ato 03/2013 cria a comissão, o 04/2013 designa os membros
titulares, que foram definidos pelas bancadas.
A CPI foi criada após a operação Sangue Frio, que desvendou
uma série de irregularidades e fraudes nas gestões do Hospital do Câncer e do
Hospital Universitário. No entanto, segundo a justificativa do requerimento
para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito, a investigação não se
limitará aos dois hospitais.
Fonte: Paulo Fernandes /ALMS
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