sexta-feira, 19 de julho de 2013

Policia Civil investiga consumo ilícito de energia elétrica


Depois de receber vários e-mails e telefonemas de leitores o jornal Debate Noticias resolveu realizar uma matéria à respeito de sistemas que burlam a medição correta de energia elétrica, em residências e estabelecimentos comerciais, muito comentada no município nas últimas semanas. Também conhecido popularmente como “gato”, de acordo com informações extra-oficiais consta uma grandiosa lista de nomes envolvidos em tal delito, chegando ao numero de mais de 350 domicílios/estabelecimentos comerciais envolvidos em tal prática o que estava gerando 33% de energia desviada de todo o município.
De acordo com investigações feitas pela equipe do jornal Debate, informações revelaram como o esquema era realizado, em relato um consumidor que prefere manter-se anônimo e também participou do esquema, revelou: “Fui visitado por um homem que dizia ser funcionário da empresa de energia, com um uniforme que parecia ser o mesmo usado pelos funcionários, onde ele dizia estar realizando uma pesquisa de satisfação entre os consumidores, quando reclamei do preço da conta, usando termos técnicos ele me ofereceu o serviço que reduziria meus gastos com energia, que se tratava de um ajuste no medidor e esse procedimento custaria R$300,00 , valor este que eu não tinha no momento, mas que foi pago, depois que o procedimento foi realizado, através de um agendamento”.
Segundo o anônimo, depois de efetuar o pagamento o procedimento foi realizado rapidamente, utilizando apenas algumas ferramentas e fios, sobre o procedimento ele falou: “O relógio de energia da minha residência funcionava numa velocidade muito rápida, depois que ele mexeu, começou a funcionar lentamente e minha conta começou a chegar todos os meses numa quantia muito inferior aos meses anteriores ao procedimento”, destacou ele, alegando ter sido convencido, pelo então funcionário de se tratar de um procedimento normal da empresa responsável pelo abastecimento de energia.
A equipe do jornal Debate orientado pelo anônimo procurou então outras pessoas que tivessem feito o mesmo procedimento, quando descobriu que as informações relatadas acima se divergiam. Como já era o esperado algumas pessoas resolveram falar, desde que seus nomes não fossem divulgados, um dos relatos chamou atenção pelo fato do consumidor dizer que desconfiava de que se tratava de um procedimento ilegal, pois já havia trabalhado como eletricista no passado e as pessoas que tinham o procurado para realizar o serviço não ofereciam nem um comprovante ou garantia sobre tal feito.
Sobre o assunto ele falou: “Não se trata de um gato de energia propriamente dito, e sim de uma super carga de energia direcionada ao relógio que faz a medição, onde o mesmo, depois dessa sobre carga começa a contar vagarosamente, mas só podendo ser realizado por que tem vasta experiência no assunto”. Ainda sobre o assunto ele disse: “O cara que fez isso em meu relógio já fez em vários imóveis da cidade e região, ele disse que jamais eu seria descoberto e que seus maiores clientes são estabelecimentos comerciais ”finalizou.
Procuramos a Policia Civil de Presidente Epitácio, onde o Delegado Marcio Domingos Fiorese, nos informou que os inquéritos foram instaurados e que todos os procedimentos legais estão sendo realizados para dar seguimento ao caso.
A empresa responsável pelo abastecimento de energia também foi procurada e em nota informou que: “A Caiuá não faz comentários sobre procedimentos que envolvam seus consumidores, a fiscalização de unidades consumidoras é um procedimento rotineiro, previsto na Resolução ANEEL nº 414/2010, executado por todas as distribuidoras de energia do Brasil e cada uma tem suas peculiaridades e características específicas. O objetivo é, de fato, identificar a ocorrência de irregularidades que podem ser desde um defeito na medição até o famigerado “gato”. Não é de nosso conhecimento que colaboradores estejam oferecendo ou realizando procedimentos irregulares e não temos como investigar denúncias quanto a pessoas que se apresentam como supostos funcionários da empresa. Caso alguém tenha essas informações, nossa sugestão é o oferecimento de denúncia diretamente à autoridade policial. A empresa também não divulga informações quanto à existência de eventuais processos policiais ou judiciais como forma de preservar a integridade dos clientes e dos procedimentos, nessas esferas, apenas as autoridades competentes podem se manifestar”, finalizou.

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