sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Carne vermelha sofre alta de quase 40% em Presidente Prudente

Em alguns estabelecimentos, os valores subiram quase R$ 5.
Cortes de primeira, como a alcatra e o contrafilé, são os mais afetados.


O ano começou difícil para a economia. Muitos produtos sofreram aumento e, na alimentação, não tem sido diferente. Agora é a carne que está difícil de comprar. Quem vai ao açougue já tem que fazer substituições.

Um belo corte de contrafilé é bom pra fazer um churrasco. Mas está difícil. O aposentado Antônio Domingos Penha diz que não está fácil e os churrascos devem ser feito uma vez por mês e “olha lá, pois os preços estão salgados”.

No mês de janeiro, o valor da carne vermelha subiu até 40% em Presidente Prudente, se comparado ao último semestre de 2014. “A carne está obedecendo a lei da oferta e da procura”, aponta o consultor financeiro Moisés Martins.

“Neste momento, tudo está muito mais caro no país, mas o Brasil exporta mais, tem o dólar mais alto e tivemos um grande problema com o clima, que influenciou bastante na produção”, explicou Martins.
Para se ter uma ideia, em um supermercado da cidade, por exemplo, o preço do quilo da carne subiu, em média R$ 4 nos últimos dois meses, principalmente dos cortes de primeira como a alcatra e o contrafilé.
Em outro estabelecimento, o contrafilé passou de R$ 20,95 para R$ 24,95. No local, o consumidor está substituindo este corte pelo miolo de paleta, que teve alta de apenas R$ 1. Em novembro estava R$ 14,95 e, este mês, R$ 15,95.

O aumento de preços começa a afetar o movimento de um açougue que fica no bairro Ana Jacinta, em Presidente Prudente. No estabelecimento, o contrafilé passou de R$ 17 para R$ 25,90.

O proprietário do local, Márcio Aparecido Massanori Sato, fala que “associado ao alto preço e a atual conjuntura que o país está atravessando, o pessoal deu uma migrada”. “Quem consumia, por exemplo, o contrafilé, alcatra ou coxão mole, passou a consumir o miolo de paleta”, comenta.

No caso do miolo de paleta, o preço foi de R$ 14,90 para R$ 15,90 e quem sofre é o consumidor. O aposentado Antônio Nelson Galindo concorda que o valor está “muito alto”. “Especialmente para quem é aposentado, que depende do salário que teve um aumento pequeno, está difícil comprar carne”, comenta.
O consultor financeiro ainda acrescenta que “entramos em 2015 com uma inflação problema”. “Quem gosta de carne tem que esperar, pelo menos, a partir de agosto para começar a consumi-la”, aponta Martins.

G1 Prudente

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