Tais fatores cooperam para a redução de doadores. Talvez
a situação se agrave ainda mais com a realização da Copa do Mundo, uma vez que
entretidos com os jogos, muitos podem deixar de reservar um tempo do dia para
comparecer aos hemonúcleos.
Eles passam o dia atendendo a ocorrências, sendo que em
algumas delas é preciso arriscar a própria vida para salvar outras pessoas. E
como se não bastasse esse “instinto profissional”, membros da corporação do 14º
Grupamento de Bombeiros de Presidente Prudente deram, mais uma vez, uma lição
prática de amor ao próximo: se uniram esta semana para doar sangue e ajudar a
abastecer o estoque de bolsas do Hospital Regional.
A ação voluntária não faz parte de uma determinação da
corporação, mas de uma consciência individual e coletiva de que sempre é
possível fazer mais por quem precisa.
A atitude destes homens deve nos fazer pensar sobre qual
o nosso nível de envolvimento e preocupação com o próximo. Na maioria das
vezes, os bancos de sangue de nossos hospitais ficam à mercê da boa vontade de
alguns e quase que imploram por mais doadores. E, apesar de não ser um ato
obrigatório, a doação de sangue já se tornou uma iniciativa frequente em
diversas pessoas de Prudente e região, que contribuem com o abastecimento dos
hemonúcleos. No entanto, a quantidade de voluntários não é suficiente para atender
a demanda e, infelizmente, a solidariedade perde espaço para a urgente
necessidade.
Estamos nos aproximando de um dos períodos considerados
mais críticos para os bancos de sangue: férias e clima de baixas temperaturas
por conta do inverno. Tais fatores cooperam para a redução de doadores. Talvez
a situação se agrave ainda mais com a realização da Copa do Mundo, uma vez que
entretidos com os jogos, muitos podem deixar de reservar um tempo do dia para
comparecer aos hemonúcleos.
Por isso, este é mais um apelo para a estimulação
coletiva em prol de mais doadores de sangue. Assim como os bombeiros, todos nós
podemos fazer mais do que apenas “conscientizar” ou apreciar ações solidárias.
É necessário sair da condição de passividade, pois o doador de hoje pode ser o
receptor de amanhã.
Escolas, universidades, empresas, igrejas, clubes de
serviços, associações de moradores e grupos de amigos podem e devem se
mobilizar para captar novos doadores. Quanto mais grupos empenhados nesta
tarefa, maiores as chances de contarmos com bancos de sangue que possuam
estoques verdadeiramente suficientes. A solidariedade está ao alcance de todos,
mas ela só se torna real quando a vontade ganha forma na prática.
Fonte: O Imparcial Prudente
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